José Wellington Barroso de Araújo Dias, de 60 anos, ex-governador do estado do Piauí, assumiu nesta segunda-feira (2) o cargo de ministro do Desenvolvimento Social, pasta que cuida de programas de assistência social do governo, como o Bolsa Família.
Responsabilidade do ministro com a pasta
Dias ficará a cargo do Cadastro Único (CadÚnico), o banco de dados de programas sociais do governo, que atualmente tem 90 milhões de pessoas cadastradas. Além disso, o novo ministro coordenará uma das principais promessas de campanha do governo Lula, o Bolsa Família. É importante destacar que Wellington Dias, um dos aliados do PT no Congresso, trabalhou na aprovação da PEC transitória, garantindo a continuidade da parcela mensal do benefício de R$ 600.
Ainda assim, o ministro do Desenvolvimento Social enfrentará uma difícil tarefa de conter fraudes ou erros dos benefícios sociais, que se tornaram recorrentes durante a pandemia. O plano é excluir cadastrados que não atendem às regras de concessão de benefícios.
Orçamento do ministério do Desenvolvimento Social
O ministério, recriado pelo presidente Lula e comandado por Wellington Dias, terá um orçamento de R$ 200 bilhões. Conforme o ministro, o orçamento será utilizado para a transferência de renda e criação de políticas inclusivas de cuidado com as famílias, garantindo os direitos essenciais da pessoa humana. “É um orçamento de aproximadamente R$ 200 bilhões, voltado não só para a transferência de renda, mas para políticas para a família, no que é essencial para a pessoa humana”, explicou o ministro.
Por fim, Dias afirmou que um dos maiores objetivos da pasta é tirar o Brasil do mapa da fome, que segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil, apenas 4 entre 10 famílias conseguem acesso pleno à alimentação no país. “Esses quatro anos de mandato a gente vai estar trabalhando nessa direção”, declarou.
Fala do ministro
Segundo o novo ministro do Desenvolvimento Social, haverá uma reavaliação dos beneficiários no CadÚnico e algumas regras do programa também serão alteradas. “Vamos fazer uma revisão. Qualquer número é chute”, afirmou ao sair da cerimônia de posse de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda. Além disso, o ministro afirmou que trabalhará com o IBGE para revisar os usuários que se inscreveram para receber o benefício. “Vamos trabalhar uma espécie de censo especial para o cadastro”, afirmou.
Ainda assim, de acordo com Dias, o custo do programa não pode ser calculado após a exclusão dos inscritos inadimplentes. “Tem gente ilegalmente dentro e tem quem tem direito está fora”, afirmou o ministro.