Política ativa nas últimas eleições, a ex-deputada federal pelo Rio Grande do Sul Manuela D’Ávila (PC do B) revelou neste sábado (28), que não pretende concorrer a nenhum cargo público nas eleições deste ano – ela era cotada para ser candidata ao Senado ou ao governo no pleito de outubro.
Em uma publicação no Twitter, Manuela D’Ávila, que foi companheira de chapa de Fernando Haddad (PT) na disputa presidencial de 2018, afirmou que tem reafirmado há dois anos que não tem interesse em participar das eleições.
“Não desisti de nenhuma disputa, portanto, pelo simples fato de que nunca afirmei que estaria nela”, disse Manuela D’Ávila, que em 2020 foi derrotada na disputa pela Prefeitura de Porto Alegre, perdendo para Sebastião Melo (MDB) no segundo turno.
Manuela D’Ávila, vice de Fernando Haddad nas eleições presidências de 2018, era cotada para ser candidata ao Senado ou ao governo. (Foto: reprodução)Hoje, o PC do B, partido de Manuela D’Ávila, e o PV, fazem parte de uma federação partidária ao lado do PT. Essa união obriga que todas as siglas adotem decisões unificadas. A política defendia que houvesse a união dos partidos de esquerda nas eleições gaúchas, em uma composição que teria Beto Albuquerque (PSB) e Pedro Ruas (PSOL). No entanto, isso não aconteceu.
“Sempre estive à disposição para construirmos esse palanque unitário que, infelizmente, não se materializou. Sou militante política muito antes de ter mandato e continuei sendo depois deles. Afinal, não são os mandatos que me fizeram militante: são nossas causas, nossos sonhos de justiça e liberdade”, escreveu a ex-deputada.
Em outro momento, ela justificou que, dentre várias razões que fizeram ela não participar das eleições, estão as ameaças que ela e sua família estão sofrendo há anos. “Estive na linha de frente nas eleições majoritárias de 2018 e 2020. Sabemos como esses processos foram duros e violentos para mim e para minha família”, destacou.
Jornalista, Manuela D’Ávila tem 40 anos e já foi, além de deputada federal, vereadora em Porto Alegre. Além disso, ela concorreu à prefeitura da capital em quatro oportunidades e acabou sendo derrotada todas as vezes. Em 2018, ela foi vice de Fernando Haddad, e acabou perdendo também.
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