O governo federal deu detalhes nesta terça-feira (28) de como será feita a retomada da cobrança dos impostos federais que incidem sobre a gasolina e o etanol. Durante entrevista coletiva, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, revelou qual será o aumento no preço dos combustíveis por conta da retomada da cobrança.
Gasolina mais cara REVOLTA a população
Nesta terça, depois reuniões e impasses entra a ala política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ala econômica sobre o tema, os ministros Fernando Haddad, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia, anunciaram a volta dos tributos.
“Estamos com um objetivo claro, que é recompor o orçamento público”, afirmou Fernando Haddad em entrevista. De acordo com o chefe da Fazenda, o imposto voltará a ser cobrado nesta quarta-feira (01). Segundo ele, a reoneração da gasolina será de R$ 0,47 e a reoneração do etanol será de R$ 0,02.
No entanto, em comparação com o preço atual, o ministro ressalta que esse aumento deve ser menor. Isso acontece porque, mais cedo, a Petrobras anunciou que reduzirá os preços de gasolina e diesel para as distribuidoras.
No ano passado, a gestão do até então presidente Jair Bolsonaro (PL), em março, suspendeu a cobrança de PIS/Cofins e Cide, o que acabou barateando a gasolina, que vinha sofrendo por consecutivas altas por conta do preço do petróleo no mercado internacional.
Essa suspensão deveria durar até o final de 2022, mas, logo ao assumir a presidência, a gestão de Lula prorrogou a isenção de impostos federais para a gasolina e para o etanol até 28 de fevereiro, ou seja, até esta terça. Essa volta de cobrança foi anunciada na segunda-feira (27), mas a forma elaborada pelo governo para que fosse mantida a arrecadação esperada, de R$ 28,9 bilhões, sem prejudicar tanto o consumidor, foi detalhada apenas nesta terça.
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