Os beneficiários do vale-gás podem ter grandes notícias nos próximos dias. Isso porque o governo federal vem analisando as possibilidades de dobrar o valor do auxílio, além de transformá-lo em um benefício mensal.
De acordo com o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 16/2022), senador Fernando Bezerra (MDB-PE), o governo pretende aumentar o vale-gás em R$ 70. Caso isso aconteça, o auxílio subirá para a casa dos R$ 120. Atualmente, o valor pago pelo benefício é de R$ 53 por família.
Atualmente, o governo federal paga 50% do valor do botijão de 13 quilos a cada dois meses. A saber, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) relata o preço médio e o governo define o valor do auxílio. Inclusive, o vale-gás não supera metade do preço médio do botijão em 24 Unidades Federativas (UFs).
Caso o valor pago pelo auxílio suba para R$ 120, o aumento irá superar as projeções iniciais do próprio governo. Aliás, o saldo também seria ainda maior que o proposto por membros da oposição, de R$ 100.
A expectativa é que os novos valores, caso sejam aprovados no Congresso Nacional, comecem a valer no país em agosto. A determinação do governo federal em aprovar o aumento do auxílio reflete o desejo do presidente Jair Bolsonaro, pré-candidato à reeleição, a angariar votos, principalmente dos mais pobres.
Veja mais detalhes da PEC 16/2022
Em suma, o valor reservado para compensação aos estados que zerarem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviço (ICMS) sobre combustíveis chegou a R$ 29,6 bilhões. A propósito, Bolsonaro sancionou a lei federal na semana passada sobre a redução do ICMS de itens como combustíveis, energia elétrica e telecomunicações.
A saber, o governo pretende destinar o dinheiro para o Auxílio Brasil. Assim, implementaria o valor do benefício em R$ 200, fazendo o valor atual passar de R$ 400 para R$ 600. Isso custaria 22 bilhões aos cofres públicos, mas o Governo ainda pode utilizar a diferença em relação à compensação do ICMS para turbinar ainda mais o benefício social.
Por fim, a ideia é utilizar o Auxílio Brasil como a marca do governo Bolsonaro na campanha de reeleição do presidente.
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