O eventual fim do saque-aniversário do FGTS continua dando o que falar. A saber, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) criticou o encerramento da modalidade, que está em vigor no país desde 2019.
A saber, o ministro do Trabalho e Previdência, Luiz Marinho, informou na última terça-feira (4), em entrevista ao jornal O Globo, que o governo Lula poderia acabar com o saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Embora muita gente tenha concordado com a decisão, a repercussão negativa fez o ministro voltar atrás. Ontem (5), Marinho informou que o fim do saque-aniversário será “objeto de amplo debate junto ao Conselho Curador do FGTS e com as centrais sindicais”.
Em meio às declarações do ministro Luiz Marinho, a Febraban havia emitido uma nota, posicionando-se contrariamente à decisão do governo de acabar com a modalidade.
“O saque-aniversário, além de ser uma importante fonte de renda para milhares de trabalhadores, também oferece a oportunidade de reinserção no consumo para parte destes beneficiários que hoje se encontram com restrições ao crédito”, afirmou a Febraban.
“Esse mecanismo, portanto, é uma importante opção para os tomadores de crédito, tem caráter voluntário, é seguro e apresenta taxas mais acessíveis”, acrescentou.
Saques da poupança chegam a R$ 103 bilhões em 2022
Idec se posiciona de maneira favorável ao fim da modalidade
Apesar da posição contrária da Febraban, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) foi favorável ao fim do saque-aniversário do FGTS. No entanto, a coordenadora do programa de Serviços Financeiros do Idec, Ione Amorim, afirmou em entrevista que o tema precisa ser tratado com a devida cautela.
“O benefício está sendo penalizado porque tem correção anual de 3%, antes era equivalente à poupança. Esse dinheiro realmente perde o poder de compra”, informou Amorim.
“Com inflação média de 5% e sendo corrigido a 3%, se [o trabalhador] mantiver até a data de demissão, quando for resgatar já perdeu valor, é um ponto que precisa ser debatido também”, concluiu.
Leia também: Inflação em São Paulo encerra o ano em 7,32%, puxada por alimentos