Durante um encontro junto a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada na tarde desta segunda-feira, 22, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que teria condições de pagar os precatórios caso fosse autorizado a furar o teto de gastos. É importante explicar que os precatórios se tratam de dívidas judiciais ganhas contra a União cujo valor ultrapassa 60 salários mínimos, ou seja, R$ 66 mil.
“Pegaram as dívidas desde FHC até agora e botaram na minha conta para pagar imediatamente. Se deixar furar o teto, a gente paga. Não tem problema. [Dívidas] acima de R$ 600 mil [o pagamento] vai ser parcelado”, argumentou Bolsonaro.
Os precatórios têm sido amplamente pautados em uma Proposta de Emenda à Constituição, a PEC dos Precatórios. Criada pelo Ministério da Economia, o texto foi a alternativa encontrada pelo Governo Federal para criar um espaço no orçamento sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Hoje, a PEC dos Precatórios está nas mãos da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, e deve ser votada na próxima quarta-feira, 24.
A PEC dos precatórios é a promessa para financiar o pacote eleitoral do presidente Jair Bolsonaro. Basicamente, o meio alternativo para custear as despesas de todas as promessas que, até agora, Bolsonaro não conseguiu cumprir. A pressa em obter um parecer positivo está vinculada à pressa de colocar a situação em dia, antes do próximo pleito eleitoral que acontece em 2022, lembrando que, em ano de eleições, não é permitido aprovar nenhuma proposta que altere o orçamento e, por consequência, o teto de gastos da União.
Em outras palavras, é uma corrida contra o tempo. A princípio, a proposta foi elaborada com o intuito de custear o Auxílio Brasil, novo programa de transferência de renda, substituto do antigo Bolsa Família. Bolsonaro prometeu pagar parcelas de R$ 400 e ampliar o número de beneficiários para 17 milhões de famílias, mas não possui verba o suficiente para arcar com todas as despesas propostas.
Mas não para por aí, o texto também foi utilizado para justificar uma variedade de benefícios, tal como a desoneração da folha de pagamentos durante um período de dois anos, bem como o auxílio diesel, um aumento para os servidores públicos, o fundo eleitoral e o vale gás nacional. De acordo com o Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado Federal. A junção de todas as medidas terá um impacto de R$ 21,5 bilhões aos cofres do Tesouro Nacional.
Cada medida terá o seguinte impacto:
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