O governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que derrotou o atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL), poderá contar com a participação de um dos ministros que hoje compõem o quadro de 11 magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF), corte máxima do Judiciário brasileiro.
De acordo com a jornalista Julia Dualibi, o ministro em questão é Ricardo Lewandowski. Segundo a comunicadora, ele é cotado para assumir o Ministério da Defesa, comandado hoje por Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ou a pasta da Justiça e Segurança Pública, chefiada atualmente por Anderson Torres.
Em maio do ano que vem, Ricardo Lewandowski se aposentará, pois completará 75 anos, que é a idade limite para membros do tribunal atuarem segundo a Constituição. Segundo Julia Dualibi, caso o convite para assumir uma pasta no governo realmente acontece e ele aceite, sua aposentadoria poderia ser antecipada para janeiro, quando Lula tomará posse.
“A decisão de Ricardo Lewandowski, caso antecipe sua aposentadoria, ajudaria na composição dos ministérios de Lula. Além disso, faria o presidente eleito iniciar seu mandato com uma indicação para o Supremo”, relatou Julia Dualibi, que revelou, todavia, que Ricardo Lewandowski também tem o desejo de ocupar o cargo de embaixador brasileiro em Lisboa, capital de Portugal.
Antes de ser indicado em 2006 pelo próprio Lula para ocupar a vaga que era de Carlos Velloso, Ricardo Lewandowski era desembargador de Justiça em São Paulo. Hoje, ele, que é do Rio de Janeiro, além de ministro da corte, atua como professor de Direito da Universidade de São Paulo (USP).
Além dele, que presidiu o STF de 2014 a 2016, período que englobou o impeachment de Dilma Rousseff (PT), o Supremo também perderá a ministra Rosa Weber. Assim como Ricardo Lewandowski, ela, que hoje é a presidente do Supremo Tribunal Federal, completará 75 anos e terá que se aposentar compulsoriamente.
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