João Dória, governador de São Paulo, argumentou que o presidente Bolsonaro faz esforços contra a liberação da vacina. Ele voltou a criticar a forma como o presidente se manifestou sobre a China ao dizer que o vírus foi criado em laboratório com o intuito de controlar a população.
As teorias da conspiração são muito comuns em plataformas digitais como Facebook e Youtube, existiram algumas até mesmo em relação ao 5G em que controlaria a mente das pessoas e que o governo poderia fazer o que bem entendesse.
Ao todo, a entrega de 2 milhões de doses foi prejudicadas após a declaração. O Butantan também criticou o presidente por isso.
“A cada vez que há um esforço do Ministério e do ministro das Relações Exteriores, Carlos França, há um esforço contrário em manifestações conduzidas e lideradas pelo próprio presidente da república, o que torna tudo mais difícil”, afirmou Doria durante entrevista nesta segunda-feira (10).
Mortes, Bolsonaro, Vacinação e CPI
Atualmente são mais de 422 mil mortos pela Covid-19 e apenas 7,2% da população completamente vacinada. Esse valor ainda é pequeno visto que em agosto de 2020 a Pfizer ofereceu mais de 60 milhões de doses para o Brasil e que foram recusadas.
Os senadores montaram a CPI da Covid-19 com o intuito de investigar as possíveis omissões do presidente e da escala federal como do ministro da Saúde. Já prestaram depoimentos: Queiroga, Teich e Mandetta.
Pazuello argumentou que estaria infectado e não poderia comparecer. A CPI pediu para que o mesmo entregasse a declaração de um médico afirmando que ele realmente estava em más condições como afirmou. Randolfe acredita que foi uma desculpa para não comparecer visto que o mesmo pediu um harbeas corpus para que não fosse testemunha.
Nesta segunda-feira (10), Doria acompanhou a chegada de 2 milhões de doses da vacina e que estavam atrasadas devido as falas do presidente Bolsonaro. São Paulo recebeu 450 mil doses da CoronaVac e na próxima semana deve ser cumprido o primeiro contrato com o Ministério da Saúde.