Depois de muita especulação, o homem mais rico do mundo comprou o Twitter. O acordo ficou em US$44 bilhões, o maior negócio de aquisição de redes sociais da história. O negócio ainda levanta diversas pautas importantes, como a liberdade de expressão. Em nota, Musk não hesitou em falar do assunto e deu pistas de como será a nova abordagem da rede social em relação às informações.
Além disso, o negócio foi bom para os acionistas. Ao comprar a empresa, Elon Musk avaliou cada ação a US$ 54,20, o que daria algo em torno de R$266,00. Atualmente, os BDR da empresa estão negociados a R$120,00, aproximadamente. O valor da compra é 38% maior que no dia 1° de abril, quando o bilionário revelou seu interesse em comprar a rede social.
A importância disso
Uma das maiores formas de controlar os rumos da política e do pensamento das populações é através das informações. E Elon Musk não é o primeiro a saber disso. Isso porque Jeff Bezos, fundador e CEO da Amazon, também tem seus negócios no ramo da comunicação.
Em 2019, Bezos comprou o jornal Washington Post. Analistas afirmam que a compra de Bezos e de Musk é uma forma de pressionar os políticos dos Estados Unidos, e do mundo todo, para passarem pautas que sejam vantajosas para eles. Essa prática é conhecida como lobby. Apesar de ser ilegal no Brasil, nos Estados Unidos ela é bastante comum e, inclusive, é incentivada pelo sistema político americano. Por isso, bilionários passaram a ter essas empresas para controlar o que é dito e o que é desejado pelas pessoas. Recentemente, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também anunciou a criação de sua rede social. Vale lembrar que Trump foi banido do Facebook e também do próprio Twitter.
Agora, especialistas analisam como Elon Musk agirá na liderança do Twitter. O dono da Tesla e da SpaceX é, declaradamente, um apoiador da liberdade de expressão e há boatos de que ele apoiaria o ex-presidente Donald Trump.
Como ficará o Twitter com Elon Musk?
Elon Musk ainda é uma figura complicada de se compreender. Com declarações vagas e um estilo de vida inusitado, o homem mais rico do mundo dificilmente se posiciona de forma séria e objetiva. Por isso, é difícil saber como ele agirá daqui em diante sendo dono do Twitter.
Contudo, Elon Musk frequentemente reclama das políticas do Twitter. Segundo ele, as intervenções na plataforma são exageradas em muitos casos. Diante disso, é de se esperar que a rede social seja terreno fértil para a criação e veiculação de discursos extremistas. Além disso, Musk afirma que o Twitter é a “praça da cidade” e que, nela, todos devem discutir todos os assuntos.
Além disso, a avaliação do Twitter também fechará espaço para os investidores. Isso porque o bilionário já disse que quer tornar a empresa privada, fechando o capital. Isso quer dizer que, em breve, o Twitter não terá mais ações listadas em bolsa, o que aumenta as expectativas de que a rede social seja mais branda em relação a certos discursos.