O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) iniciou nesta terça-feira (7) sua reunião para definir a Selic. A saber, essa é a taxa básica de juros do país, e os analistas do mercado financeiro projetam uma elevação de 1,5 ponto percentual (p.p.) para o indicador.
Caso a previsão se confirme, a taxa Selic avançará para 9,25% ao ano, maior patamar desde julho de 2017, quando os juros do país também estavam em 9,25%. Inclusive, o mercado financeiro acredita que a taxa chegará a 11,25% ao ano em 2022. Estas projeções fazem parte do Relatório Focus, pesquisa do BC que traz a opinião de mais de cem instituições financeiras semanalmente.
Em resumo, o principal objetivo do Copom ao elevar a Selic é segurar a inflação do país, que está nas alturas há tempos. Aliás o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou no final de novembro que a prévia da inflação para o mês havia superado as expectativas do mercado. Isso reforça ainda mais a alta expressiva que a Selic deve ter na reunião do Copom.
Entenda a Selic
A saber, uma Selic mais alta puxa consigo os juros praticados no país, reduzindo o poder de compra do consumidor e, consequentemente, desaquecendo a economia. Dessa forma, limita o avanço da chamada “inflação por demanda”.
Isso acontece porque a Selic é o principal instrumento do BC para conter a alta dos preços dos produtos. Aliás, a instituição financeira se baseia no sistema de metas de inflação, definido Conselho Monetário Nacional (CMN).
Em 2021, a meta central de inflação é de 3,75%, podendo variar 1,5 p.p. para cima e para baixo. Assim, a inflação pode chegar até 5,25% no final de 2021 e, mesmo assim, ela não extrapolará o limite da meta
Contudo, a inflação acumulada entre janeiro e outubro deste ano já está em 8,24% . Por isso, o Copom vem elevando fortemente a Selic nas últimas reuniões, uma vez que o BC deve adotar medidas para estabilizar a inflação do país. Dessa forma, haverá mais possibilidades de maior crescimento econômico, pois as incertezas domésticas estarão reduzidas.
Leia Mais: Fundos imobiliários registram pior desempenho do ano em novembro
