O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), oficializará sua candidatura neste domingo (24). De acordo com informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, o evento deve mostrar que o chefe do Executivo e sua campanha está preocupado com o eleitorado feminino.
Segundo o jornal, a convenção irá ocorrer no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. Na ocasião, para cerca de dez mil apoiadores, Bolsonaro deve expor essa preocupação com as mulheres e também com os mais pobres.
Hoje, Bolsonaro tem encontrado dificuldades de engajar sua esposa, a primeira-dama Michelle Bolsonaro, com a sua campanha – ela, inclusive, vinha se negando a gravar participações em propagandas do PL.
No entanto, no domingo, Bolsonaro deve levar sua mulher ao centro do palco. Para profissionais que atual na campanha do chefe do Executivo, a presença de Michelle Bolsonaro suaviza a imagem do chefe do Executivo.
Bolsonaro deve levar sua mulher ao centro do palco. Para profissionais de marketing, a presença da primeira-dama suaviza a imagem do presidente (Foto: reprodução)Assim como Bolsonaro, as autoridades e principais candidatos aliados foram incentivados a levarem suas esposas ao palanque. Essa atitude, para o marketing da campanha, pode ajudar na captação de imagens para propagandas de Bolsonaro, mostrando que ele dá valores às mulheres.
Conforme informações do “Estado de S.Paulo”, pesquisas internas mostraram que, em geral, o ambiente tem sido muito masculino no entorno do presidente nos últimos anos. Isso porque o presidente costuma aparecer em motociatas e formaturas militares, além das atividades de governo, marcado por ter poucas mulheres no primeiro escalão.
Por conta disso, a equipe de marketing do presidente entende que ele precisa demonstrar emoção e empatia com as mulheres – hoje, o chefe de Executivo tem uma grande rejeição entre as mulheres, que representam sua menor intenção de voto, sobretudo entre as mais pobres.
No entanto, o presidente está ciente que precisa do público feminino, pois elas são 53% do eleitorado nacional. Ao longo de julho, ele se reuniu com mulheres evangélicas no Maranhão e reconheceu que teve de “ceder” e se aproximar mais delas, classificadas pelo chefe do Executivo como a “âncora” dos homens.
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