Jair Bolsonaro (PL), presidente da República, consultou os militares do Exército Brasileiro sobre a possibilidade de judicializar o resultado das urnas sob a justificativa de que Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vencedor das eleições, poderia ser considerado inelegível devido às condenações na Lava Jato.
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De acordo com informações do canal “CNN Brasil”, divulgadas neste sábado (05), este questionamento foi feito na última terça-feira (01), dia em que o presidente quebrou o silêncio e se pronunciou pela primeira vez sobre o resultado do pleito.
Conforme o canal, integrantes das Forças Armadas não deram apoio ao presidente para seguir nessa investida. Além disso, militares do Alto Comando do Exército Brasileiro estão fechados no entendimento de aceitar o resultado das eleições presidenciais. Nesse sentido, eles descartam qualquer possibilidade de intervenção ou golpe.
Segundo a “CNN Brasil”, entre os principais generais, o resultado das eleições é considerado página virada. Por conta disso, eles já estão se alinhando para a transição de governo e aguardando a divulgação do nome do novo ministro da Defesa. Na próxima semana, por exemplo, os generais que compõem o Alto Comando devem marcar uma primeira reunião que tem como objetivo apresentar a situação atual da Força e as perspectivas para o ano que vem.
Forças Armadas nas eleições
Neste ano, o Comitê de Transparência das Forças Armadas analisou inúmeras urnas eletrônicas com o intuito de averiguar se existem irregularidades no sistema eleitoral brasileiro. De acordo com números revelados pelo Ministério da Defesa, foram 641 urnas analisadas pelas Forças Armadas, sendo 56 com uso de biometria de eleitores.
Nestes testes, a entidade não encontrou nenhum vestígio de que as eleições realizadas neste ano foram objeto de fraude. Segundo a “CNN Brasil”, apesar da constatação de que as eleições ocorreram dentro da lisura do processo eleitoral e que não houve fraude comprovada nas urnas eletrônicas, a instituição não deve se posicionar sobre o assunto.
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