Jair Bolsonaro (PL), presidente da República, cobrou na noite de quinta-feira (02), durante uma transmissão nas redes sociais, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, para que ele tome medidas contra a deputada petista Érika Kokay, que disse que houve fraude nas eleições de 2018.
“Todo mundo que xinga o eleitor de Bolsonaro de escroto está ajudando a elegê-lo”, afirma Tiago Leifert
A cobrança de Bolsonaro acontece porque, no começo da semana, assim como publicou o Brasil123, Alexandre de Moraes, que em agosto assumirá à presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que a Corte pode cassar o registro de candidatura dos candidatos que propagarem notícias falsas que possam prejudicar as eleições.
“O que são fake news para Alexandre de Moraes? Ele vai querer, numa canetada, pegar 20 candidatos para cassar. De direita, porque, de esquerda, ele não faz nada. A Érika Kokay dizendo que houve fraude em 2018. Ela devia ser a primeira pessoa, então, a ajudar a aprovar o voto impresso ou medidas para tornar mais transparente as eleições. Quero saber quais medidas vai tomar contra Érika Kokay”, disse Bolsonaro.
Em contrapartida, instantes depois, o mesmo presidente defendeu a petista. “Se bem que eu, particularmente, acho que não tem que tomar medida nenhuma. Ela é parlamentar e pode, artigo 53, falar o que vem na cabeça dela. E se eu, presidente, me achar ofendido ou você, entra na Justiça”, completou o chefe do Executivo.
O comentário do presidente aconteceu por conta de uma publicação da parlamentar na última segunda-feira (30). Na ocasião, Érika Kokay disse que “Bolsonaro não seria presidente se as eleições de 2018 não tivessem sido fraudadas”. “Nós não aceitaremos mais nenhum tipo de golpe contra a democracia neste País!”, completou a deputada.
No dia seguinte, a mesma parlamentar usou as redes sociais para dizer que as urnas eletrônicas são inquestionáveis e que “Bolsonaro só foi eleito porque Lula foi preso injustamente”. “Os bolsonaristas não são honestos. Querem transformar a fraude das eleições de 2018, consequência da prisão de Lula, em questionamento das urnas eletrônicas”, disse ela.
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