Os brasileiros estão sofrendo com os altos preços dos combustíveis nos últimos meses. Em 2022, a Petrobras já reajustou o diesel três vezes e elevou o preço da gasolina em duas ocasiões. Isso dificultou ainda mais a vida dos consumidores, que sofrem para abastecer seus veículos.
Entre as categorias profissionais que mais sofrem com esse cenário, os caminhoneiros se destacam. Além de serem impactados diretamente pela alta dos preços dos combustíveis, eles literalmente fazem o Brasil se mover. Por isso, o governo federal vem tentando evitar uma greve desses profissionais.
Em resumo, a equipe econômica do governo federal acredita que o “bolsa caminhoneiro” pode ser a melhor alternativa para evitar a greve da categoria. De acordo com auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, a solução é um “seguro barato” para blindar o país de novas paralisações dos caminhoneiros.
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Auxílio pode custar caro para o governo
Na verdade, o auxílio para os caminhoneiros não deverá sair realmente barato para o governo federal. A saber, cálculos de Gabriel Leal de Barros, sócio e economista-chefe da Ryo Asset, indicam que o benefício poderá custar R$ 1,8 bilhão para os cofres públicos entre julho e dezembro deste ano, considerando um auxílio de R$ 400.
Em suma, há aproximadamente 750 mil profissionais no país que poderiam receber o benefício. Caso o valor do auxílio suba para R$ 600, o custo até o final do ano para o governo chegaria a R$ 2,7 bilhões.
Segundo o economista, “não faz sentido econômico subsidiar combustível fóssil e ainda alocar recursos públicos que não beneficiam os mais pobres”. Barros também citou “o risco de perda de controle” fiscal durante o período em que a proposta seguir em tramitação. E tudo isso em ano eleitoral.
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