O governo federal pediu e a assembleia de acionistas da Petrobras aprovou um aumento de “apenas” 09% nos salários de diretores e do presidente da estatal, Jean Paul Prates. Esse aumento é bem menor do que os 43,88% aprovados em março pelo Conselho de Administração (CA) da petroleira.
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Com esse aumento, o salário do presidente da Petrobras, por exemplo, vai subir de R$ 115 mil para R$ 127 mil. Pela proposta anterior, essa atualização faria com que o salário saltasse para R$ 165 mil – a sugestão tinha como base dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado de 2013 a 2022.
Por outo lado, os diretores da estatal, que recebem cerca de R$ 110 mil, vão receber R$ 121 mil. Essa mudança passa a valer a partir de 01 de abril, ou seja, os membros da estatal terão suas remuneração ajustadas no pagamento do próximo mês.
De acordo com o portal “G1”, em informação revelada nesta sexta-feira (28), Jean Paul Prates e outros três conselheiros se abstiveram da decisão. Em nota, a Petrobras afirmou que o reajuste não tem motivação individual e “sequer atende a pleitos exclusivos da nova gestão”.
De toda forma, a decisão da Assembleia Geral Ordinária (AGO) ficou alinhada à proposta do governo, que é acionista majoritário da Petrobras e, por isso, tem maioria na votação. Também em nota, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos explicou que a decisão do governo federal, em conjunto com a pasta, aconteceu devido ao aumento de 09%, igual ao reajuste linear dos servidores.
Assim como publicou o Brasil123, nesta sexta-feira (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou um projeto que tem como objetivo autorizar o pagamento do reajuste de 9% para os servidores públicos federais do Poder Executivo.
Salários defasados na Petrobras
De acordo com um relatório feito antes da assembleia, a remuneração total para o cargo de presidente da Petrobras, ao longo de 2022, foi o equivalente a 18,19% do praticado pelo mercado. Por outro lado, o salário dos diretores no mesmo período foi o equivalente a 54,85% da média praticada pelas empresas – o aumento aprovado pela estatal contemplará a remuneração de administradores, de titulares do Conselho Fiscal e de membros dos comitês estatutários de assessoramento ao Conselho de Administração.
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