O índice de atividades turísticas caiu 1,0% em fevereiro, na comparação com janeiro. A saber, este é o segundo recuo consecutivo do turismo brasileiro, após oito meses de avanço, período em que o setor acumulou ganhos de 69,6%.
Embora o turismo tenha crescido fortemente no ano passado, o índice ainda precisa avançar 10,9% para retornar ao nível de fevereiro de 2020, último mês antes da decretação da pandemia da Covid-19. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta terça-feira (12).
De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), a crise sanitária afetou fortemente as atividades turísticas em todo o planeta. As restrições de viagens e o incentivo ao distanciamento social afundaram o setor de turismo em 2020. E nem mesmo os ganhos na maioria dos meses de 2021 fizeram o índice voltar ao nível visto antes da pandemia.
Em resumo, as medidas adotadas para conter o avanço da crise sanitária também impactaram negativamente os restaurantes e hotéis. Além disso, transporte rodoviário coletivo de passageiros, catering, bufê, outros serviços de comida preparada e agências de viagens também sofreram.
Vale destacar que o levantamento do IBGE engloba apenas 12 Unidades da Federação (UFs): Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Turismo tem aumento expressivo em relação a fevereiro de 2021
Apesar da queda comparação mensal, o turismo brasileiro registrou um resultado completamente diferente na base anual. Em suma, o índice cresceu em todas as 12 UFs em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2021. Aliás, este é o 11º avanço consecutivo do indicador nesta base comparativa.
O principal destaque positivo foi São Paulo (+35,1%), seguido por Minas Gerais (63,1%), Bahia (31,6%), Rio de Janeiro (9,3%) e Rio Grande do Sul (33,0%).
A saber, os setores que mais contribuíram para o resultado foram os de transporte aéreo, hotéis, restaurantes, locação de automóveis, rodoviário coletivo de passageiros e serviços de bufê. As empresas também registraram crescimento das suas receitas no mês.
Por fim, o IBGE revelou que o transporte de passageiros cresceu 1,1% em relação a janeiro. Esta é a quarta taxa positiva seguida, período em que o segmento acumulou ganhos de 20,6%. Já o transporte de cargas subiu 2,5% na comparação mensal, quinto avanço consecutivo, período em que registrou alta de 10,2% e bateu recorde da série.
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