TSE convoca depoimentos para segunda-feira (19) em análise de ação contra Bolsonaro

O  ministro das Relações Exteriores, Carlos França, irá depor ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima segunda-feira (19),  por videoconferência ou na sede da Corte. França falará sobre o encontro de Jair Bolsonaro com o embaixador no Palácio da Alvorada, onde o presidente atacou urnas e sistemas eleitorais sem comprovação de cédulas. Importante destacar que o depoimento faz parte de um procedimento aberto a partir de ação apresentada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) contra Bolsonaro e seu candidato a vice, Braga Netto.

Sobre o depoimento

A França será a primeira testemunha a depor sobre a reunião de julho. Até fevereiro o TSE ouvirá outros ministros e assessores do Presidente da República, entre eles o ministro-chefe da Câmara Cível, Ciro Nogueira e o Secretário Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Flávio Rocha.

O ministro das Relações Exteriores, embaixador Carlos Alberto Franco França, arrolado como testemunha pela parte ré, foi devidamente intimado para exercer a prerrogativa que lhe assiste para que, em cinco dias, informasse data e hora em que desejaria ser ouvido. Em pronto atendimento à intimação, Sua Excelência informou que deseja ser ouvido no dia 19/12/2022, às 15h30, e que comparecerá presencialmente”, disse o ministro Benedito Gonçalves, corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com Tarcísio Vieira de Carvalho, advogado de campanha de Bolsonaro, os juízes eleitorais não tinham autoridade para julgar o incidente porque envolvia atos praticados como chefe de Estado e que não houve pedido de votos.

TSE bate o martelo sobre ação contra Bolsonaro

Apesar da discordância por parte da equipe de Bolsonaro, na última terça-feira (13), o TSE decidiu manter o caso na Justiça Eleitoral. Os ministros concordaram que a Justiça Eleitoral é “a autoridade competente para apurar desvios de finalidade na conduta de órgãos públicos, inclusive do chefe de Estado”, quando houver indícios de que o cargo esteja sendo explorado para fins lucrativos. “Entender o contrário seria criar uma espécie de salvo conduto em relação a desvios eleitoreiros ocorridos, justamente no exercício do feixe de atribuições mais sensível do presidente da República”, afirmou o ministro Benedito Gonçalves, relator do caso.

Além disso, para Gonçalves, o caso deve permanecer no TSE por se tratar de possível abuso de finalidade, tendo em vista que Bolsonaro convocou a reunião para atacar o sistema eleitoral. Segundo ele, o presidente e então candidato à reeleição também contou com transmissão ao vivo pela TV Brasil e por diversos canais nas redes sociais dos políticos.

João Belarmindo

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