Tratado internamente como o “Tinder” das políticas públicas, um aplicativo criado pelo governo federal e chamado Base Online de Relacionamento para Avaliação (Bora) deve ser lançado em breve. De acordo com as informações, a ideia é que a plataforma una pesquisadores e gestores.
Desenvolvido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), órgão que é vinculado ao Ministério da Economia, o Bora será apresentado na próxima segunda-feira durante a “Semana de Inovação” organizada escola.
Segundo informações publicadas pelo jornal “Folha de S.Paulo”, a ideia do aplicativo é proporcionar o encontro de pesquisadores na área de políticas públicas e gestores municipais, estaduais e federais.
No aplicativo, caso os interessados deem “match”, isto é, demonstre interesse um pelo outro, poderão trocar contatos e, a partir daí, elaborar projeto em conjunto. Segundo Pedro Masson, que é coordenador-geral em ciência de dados da Enap e comandou o processo do Bora, o aplicativo visa resolver um problema: a falta de visibilidade.
“Às vezes falta um pouco de visibilidade, o pesquisador não consegue ver quais são os projetos de políticas públicas que precisam de avaliação. E também por parte do gestor público, que não conhece bem esse ecossistema de pesquisadores”, disse ele, completando que “a ideia do Bora é fazer esse encontro”.
Em outro momento da entrevista, Pedro Masson ilustra como o aplicativo irá funcionar. Como exemplo, ele cria um caso hipotético em que um gestor esteja interessado em saber sobre a relação entre vacinação contra a Covid-19 e o desenvolvimento ou não de sequelas da doença.
Neste caso, o interessado poderia procurar um pesquisador especializado na área de Saúde através do Bora para que ele faça uma pesquisa de avaliação do impacto da política de imunização.
“Se esse mesmo pesquisador tiver demonstrado interesse na pesquisa do gestor na plataforma Bora, ambos serão avisados e poderão trocar informações de contato”, explicou o coordenador-geral em ciência de dados da Enap, finalizando que o Bora, diferentemente do “Tinder”, não tem chat, ou seja, a interação deverá ocorrer fora do aplicativo.
Leia também: 87% das pessoas contra o governo acreditam que o aumento do Auxílio Brasil foi uma decisão eleitoreira
