Shein e Shopee estão na lista: veja os e-commerces mais usados no Brasil

Apesar do debate sobre a taxação de produtos importados via e-commerces, as plataformas asiáticas Shopee, AliExpress e Shein continuam sendo muito populares entre os brasileiros

Assim, os dados são segundo o Relatório dos Setores do E-commerce de março, divulgado pela agência de SEO Conversion.

Saiba mais a seguir.

Domínio asiático

Em março, três das cinco lojas virtuais mais visitadas no Brasil são asiáticas.

Desse modo, Mercado Livre, Shopee, Shein, Ifood e AliExpress estão entre as primeiras posições do ranking.

Além disso, os números mostram que as plataformas asiáticas estão conquistando uma grande parte do mercado online brasileiro.

Ranking completo dos e-commerces mais usados no Brasil em 2023

  1. Mercado Livre
  2. Shopee
  3. Shein
  4. Ifood
  5. AliExpress
  6. Magalu
  7. Amazon
  8. Americanas
  9. Azul
  10. Casas Bahia

Shein tem lucros expressivos

A Shein pode atingir um volume de vendas de R$ 16 bilhões somente no Brasil este ano, o que a tornaria maior do que a líder do segmento de moda rápida com modelo de loja de departamento, a Renner.

Ademais, essa estimativa é o dobro do faturamento de R$ 8 bilhões em 2022 e oito vezes a receita estimada de 2021.

Entretanto, é importante ressaltar que a empresa não divulga números de vendas no Brasil ou na China.

Dessa forma, as projeções para 2022 e 2021 foram calculadas pelo BTG Pactual.

Veja também: Shope, Shein e outras varejistas asiáticas terão que responder questionário para enviar produtos ao Brasil

Taxação dos e-commerces entra em discussão

Empresários do varejo nacional estão pressionando o governo por uma taxação mais rigorosa nas plataformas asiáticas.

Dessa maneira, a Receita Federal informou que irá aumentar a fiscalização do pagamento de impostos sobre produtos importados comprados em e-commerces.

Atualmente, compras internacionais de até US$ 50 entre pessoas físicas estão isentas de impostos.

Entretanto, a Receita Federal está propondo alterações no processamento de encomendas para evitar possíveis fraudes de grandes empresas estrangeiras, uma vez que a tributação de 60% sobre o valor das encomendas atualmente em vigor tem se mostrado ineficaz.

Veja também: Governo bate o martelo sobre extinção de benefícios para compradores de sites como Shein, Shopee e Aliexpress

Acensão dos e-commerces asiáticos

Vale frisar que as plataformas asiáticas experimentaram um grande crescimento principalmente entre 2020 e 2022, impulsionado pela migração dos consumidores para o mercado online.

Assim, durante esse período, eles adotaram estratégias de vendas agressivas.

Segundo Diego Ivo, CEO da Conversion, o rápido crescimento dos e-commerces asiáticos está na maioria relacionado aos preços baixos dos produtos.

Estratégias para aumentar vendas

Os e-commerces asiáticos adotaram várias estratégias para estimular o consumo dos brasileiros, incluindo os “jogos casuais”.

Dessa forma, por meio dessa funcionalidade, os consumidores podem interagir com minigames dentro dos aplicativos das marcas, ganhando prêmios, recompensas e cupons de desconto para atrair os usuários.

A Shopee é a plataforma mais conhecida por essa estratégia, tendo feito uma parceria com a gigante dos jogos, Garena, e se tornando o aplicativo de compras mais baixado do Brasil no ano passado.

Além disso, os e-commerces asiáticos identificaram uma oportunidade de mercado nas “lives commerces”, que são vendas ao vivo por streaming que ganharam força na China e se popularizaram globalmente no mercado eletrônico.

De acordo com um estudo da Research and Markets, estima-se que até 2027 sejam levantados US$ 600 bilhões por meio desse modelo de vendas.

Entregas rápidas também são um ponto forte

Entregas rápidas e uma ampla variedade de produtos são outros fatores que contribuem para o grande sucesso das plataformas asiáticas no Brasil.

Contudo, ainda não se sabe quais serão as próximas estratégias de vendas dessas empresas, especialmente em um cenário de tributação incerta para o comércio internacional.

Ademais, a dúvida também se estende aos e-commerces nacionais: como eles vão reagir e inovar na forma de vender seus produtos no país daqui para frente?

Veja também: MARTELO BATIDO, confirmada mais uma mudança e vai afetar quem compra até R$250 na SHEIN e SHOPEE

Izabella Gramacho

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