As dificuldades enfrentadas no Golfo do México impulsionaram o preço do petróleo na semana. A saber, a retomada lenta da produção no Golfo acabou esbarrando em mais problemas, o que fez o valor da commodity fechar a semana em alta firme.
Em resumo, os preços dos contratos futuros para novembro do barril do petróleo Brent, que é a referência mundial, tiveram alta de 3,32% na semana. No entanto, fecharam o pregão de ontem em queda de 0,43%, para US$ 75,34, na ICE, em Londres. A saber, o Brent chegou a US$ 77,26 em 5 de julho. Contudo, os preços afundaram 15% pouco tempo depois devido à variante Delta do novo coronavírus. E agora voltam a subir.
Da mesma forma, os contratos para o petróleo dos Estados Unidos (WTI) para outubro saltaram 3,22% na semana. Por outro lado, a negociação do preço do barril caiu 0,81% no último pregão da semana, reduzindo o avanço no períoro. Assim, o barril ficou cotado a US$ 72,61 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). O pico recente do barril também foi em julho, quando o contrato mais ativo atingiu US$ 75.
E o que mais repercutiu na semana entre os investidores foi a retomada da produção de petróleo no Golfo do México. Aliás, a produção, que começou a semana bastante lenta, acabou paralisada recentemente pelo furacão Ida.
O problema é que a atenção continua voltada para o Golfo, porque outra forte tempestade se dirige para lá. Em resumo, a tempestade tropical Nicholas está crescendo e pode atingir o nível de um furacão antes de chegar ao continente. Por isso, os investidores temem novas paralisações na produção de petróleo no Golfo.
Estoques americanos caem mais que o esperado
Além disso, o Departamento de Energia (DoE) divulgou na última quarta-feira (15) que os estoques de petróleo dos EUA despencaram em 6,422 milhões na semana passada, valor muito maior do que as projeções de analistas, que acreditavam em um recuo de 2,5 milhões de barris na semana.
Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) também revisou para cima a sua projeção da demanda por petróleo em 2022. Em suma, a Opep elevou para 4,2 milhões de barris por dia, o que significa um aumento de 900 mil barris por dia a mais.
Já para este ano, a estimativa se manteve estável em 6 milhões de barris diários. Segundo a Opep, a demanda continua firme no terceiro trimestre. No entanto, ainda há muitas incertezas em relação ao último trimestre devido à pandemia da Covid-19. Estas notícias também ajudaram a impulsionar os preços do petróleo na semana.
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