A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que tinha como objetivo promover mudanças no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), foi rejeitada nesta quarta-feira (20), na Câmara dos Deputados. Por se tratar de uma alteração na Constituição, para ir para frente, a proposta precisava da aprovação de pelo menos três quintos dos deputados, ou seja, 308 votos.
No entanto, o projeto acabou sendo barrado, pois foi rejeitado por pouco, visto que a votação terminou em 297 votos favoráveis à PEC e 182 contrários. Dentre outros pontos, a PEC do CNMP, caso fosse aprovada, aumentaria de dois para cinco o número de indicados pelo Congresso Nacional para compor o conselho. Além disso, o texto previa que o corregedor do órgão passasse a ser escolhido pelos parlamentares.
A rejeição da emenda significa uma derrota política para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Isso porque, assim como publicou o Brasil123, ele fez questão de defender abertamente a matéria. Na ocasião, ele disse que era necessário que houvesse um controle no CNMP.
“Quem apura erros do Ministério Público, quem controla o Ministério Público no Brasil? Qual é o controle externo do Ministério Público? Ele sequer tem um Código de Ética”, afirmou Arthur Lira, que ainda completou na oportunidade que “todo mundo tem que ser fiscalizado”.
Após a derrota, Arthur Lira disse que colocaria em votação o texto original, pois o que esteve em discussão nesta quarta foi um substitutivo feito pelo deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), que era o relator da emenda e tentou angariar apoio à PEC nas últimas semanas. Todavia, ele, Arthur Lira, acabou desistindo da manobra.
Apesar disso, o criador da PEC, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), disse que a discussão ainda não acabou. Isso porque, de acordo com ele, uma nova votação pode ocorrer. “A maturação da PEC tem que ser refeita e ela será feita na semana que vem”, afirmou.
Na segunda (18), procuradores e promotores divulgaram um abaixo-assinado com 3295 assinaturas que tinha como foco a rejeição total da PEC que visa mudar a estrutura do CNMP. Para os membros do órgão, a aprovação do projeto representaria uma espécie de interferência política na instituição. Não suficiente, eles também afirmavam no documento que o texto é inconstitucional.
“O artigo 127 e seu parágrafo 1º da Constituição Federal preveem que o Ministério Público é ‘instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado”, disseram. Por conta disso, o abaixo-assinado pediu, de maneira expressa, que a Câmara dos Deputados não levasse adianta a PEC que mudaria a estrutura do Conselho Nacional do Ministério Público.
“Os membros do Ministério Público abaixo nominados vêm a público externar seu repúdio integral aos termos da PEC 05/21, em trâmite na Câmara dos Deputados, aguardando sua integral rejeição”, finalizaram os membros do órgão, que tiveram seus pedidos atendidos nesta quarta.
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