O atual ministro da Saúde e o sucessor participaram dos atos de solenidade da Fiocruz que ocorreram nesta quarta-feira (17), houve a entrega de 500 mil doses da vacina da Covid 19. Pazuello afirmou que Queiroga “reza pela mesma cartilha”.
“Posso afiançar aos senhores, estamos muito bem alinhados [com a Fiocruz]. Temos pela frente uma transição do cargo de ministro que é apenas uma continuidade do trabalho. O doutor Marcelo Queiroga reza pela mesma cartilha”, disse Pazuello.
Leia mais: Queiroga avisa que seguirá cartilha de Bolsonaro à frente da Saúde
O novo ministro já assumiu que deve realizar todos os pedidos de Jair Bolsonaro e que as medidas de isolamento são rígidas e devem ficar por fora de seu mandato. De acordo com ele, existem outras formas de controlar a situação, sendo a primeira o investimento massivo nas vacinações. Atualmente, menos de 5% de toda a população já recebeu as doses e há um intenso trabalho pela frente.
“Só tem um detalhe: vou entregar a ele um ministério estruturado, organizado, funcionando e com tudo pronto. Ele, como médico-cardiologista e com todo seu conhecimento técnico, vai poder navegar por essa ferramenta em prol da Saúde do Brasil”.
Mais de 282 mil mortes
Pazuello apresentou alguns balanços sobre a Covid 19 no país e afirmou que o atraso das vacinas fez com que o Brasil chegasse ao recorde maior de 2800 mortes em menos de 24h. Além disso, fez com que algumas cidades interrompessem o calendário de vacinação.
“Nós tivemos um atraso na entrega do insumo farmacológico que vem da China. A previsão era para primeira quinzena de fevereiro, chegou no dia 27 de fevereiro. São 45 dias de atraso e isso nos fez sangrar”, acrescentou o ex-ministro Pazuello.
Atualmente, muitos hospitais se encontram com todos os leitos ocupados, como é o caso de Brusque, Santa Catarina. A Azambuja se manifestou sobre a falta de oxigênio para os pacientes, acompanhada ainda com o atraso dos salários dos funcionários.
As insatisfações com o governo aumentaram de forma significativa, principalmente em relação ao fim do auxílio emergencial em 2020. A rejeição de Bolsonaro chegou a 54% e a única forma de fazer com que o gráfico melhore é aprovar a nova leva do benefício.
