Uma quantidade considerável dos reajustes salariais realizados em novembro no Brasil superaram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A saber, 45,7% dos acordos e convenções coletivas resultaram em ganhos reais para o trabalhador do país no penúltimo mês de 2022.
Por outro lado, 6,5% dos reajustes salariais realizados em novembro ficaram abaixo do INPC, ou seja, ofereceram menor poder de compra aos trabalhadores. A propósito, esta é a menor taxa do ano, o que indica uma melhora nas negociações no país.
Já os 47,8% dos demais acordos e convenções ficaram iguais ao INPC. A saber, todos estes dados fazem parte de um levantamento realizado mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Vale destacar que o INPC é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e usado como referência para reajustes salariais e benefícios do INSS no país.
Assim, quanto mais alto estiver o indicador, mais dificilmente os reajustes irão superá-lo. E o contrário também acontece: quando a inflação está menor, os reajustes têm mais chances de superá-la. E foi justamente o que aconteceu em novembro, com uma inflação menos intensa.
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Veja dados dos reajustes salariais acumulados em 2022
De acordo com o Dieese, a variação real média em novembro foi positiva em 0,54%. “As categorias que conquistaram resultados acima do índice inflacionário, em novembro, tiveram, em médias, ganhos de 1,34%; e aquelas com reajustes abaixo do INPC, perdas de 1,15%”, disse o Dieese.
Esse percentual mensal foi positivo para os trabalhadores do país, apesar de tímido. Contudo, o Dieese explicou que o valor do reajuste necessário para “zerar” as perdas nas negociações com data-base em novembro é de 5,97%. Em outras palavras, os reajustes médios devem ter essa variação para a taxa ficar positiva em 12 meses.
Por fim, o Dieese ainda revelou que apenas 1,8% do total de negociações realizadas em novembro foram parceladas. A título de comparação, a taxa chegou a 7,8% em outubro. Já na comparação anual, a quantidade de negociações parceladas chegou a 25,6%.
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