Limite da alíquota de ICMS sobre combustíveis é aprovado na Câmara

Foi aprovado no final da noite de quinta-feira (25), na Câmara dos Deputados, o projeto criado com o objetivo de limitar a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre bens e serviços relacionados a combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

Na proposta, esses setores foram classificados como sendo essenciais e indispensáveis, levando à fixação da alíquota em um patamar máximo de 17%. Agora, o texto será enviado ao Senado e, caso aprovado sem nenhuma mudança, seguirá para a sanção ou veto do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

A votação do tema foi anunciada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) na semana passada. Na ocasião, ele alegou que a proposta ajudaria na redução do preço dos combustíveis, que vem sendo reajustado constantemente.

Durante a votação, os deputados aprovaram um texto substitutivo do relator deputado Elmar Nascimento (União Brasil). No documento, estabelece-se que será proibida a fixação de alíquotas para os bens e serviços essenciais superiores às das operações em geral, o que na maioria dos estados é de 17%, sendo possível diminuir e aumentar esse percentual, sempre até o limite das operações em geral.

Todavia, o mesmo não se pode dizer sobre as alíquotas para combustíveis, energia elétrica e gás natural. Isso porque, uma vez rebaixadas a menos de 17%, esse percentual não pode mais ser aumentado.

A medida desagrada os estados. Isso porque as unidades da federação argumentam que, com a redução, haverá uma precarização ou até mesmo extinção da prestação de serviços de competência desses entes. Por outro lado, a medida é defendida por Bolsonaro, que credita aos governadores grande parte da responsabilidade sobre a alta recente nos preços dos combustíveis.

Compensação do ICMS

No projeto, há um trecho que visa ajudar os estados, que não poderão aumentar o ICMS além do limite. De acordo com o texto, até 31 de dezembro de 2022, haverá uma compensação paga pelo governo federal aos estados por conta da perda de arrecadação.

Essa compensação será paga por meio de descontos em parcelas de dívidas refinanciadas desses entes federados junto à União. No projeto, consta que essas compensações serão pagas apenas sobre as penas ocorridas durante o ano de 2022 e serão interrompidas:

  • Caso os estados aumentem as alíquotas, retornando a patamares vigentes antes de sanção da lei;
  • Ou se não houver mais saldo a ser compensado.

Leia também: Decreto do Ministério da Economia atrasa indicação de conselheiros da Petrobras; entenda

Alisson Ficher

Recent Posts

Confira o calendário do programa Mães de Pernambuco 2025

O programa Mães de Pernambuco 2025 já está movimentando as expectativas das mamães pernambucanas. Com…

17 horas ago

Pé-de-Meia Licenciaturas: o que você precisa saber sobre as regras de manutenção

O Pé-de-Meia Licenciaturas é uma das iniciativas mais aguardadas por estudantes que buscam formação superior…

2 dias ago

Bolsa Família e Auxílio Gás: veja as datas de pagamento do mês de agosto

Agosto chegou trazendo uma boa notícia para quem depende do Bolsa Família e do Auxílio Gás. Saber…

3 dias ago

PIS/PASEP: Pagamento final do abono salarial é realizado nesta semana – confira se você tem direito

Chegou o momento decisivo para milhares de trabalhadores brasileiros: o pagamento final do abono salarial…

1 semana ago

Descontos ilegais: INSS devolve R$ 1 bilhão a beneficiários afetados

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) surpreendeu milhares de pessoas ao anunciar a devolução…

1 semana ago

Bolsa Família em agosto terá adicional de R$ 108; confira as datas de pagamento

Além do valor regular do Bolsa Família, haverá um adicional de R$ 108 referente ao…

1 semana ago