O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,67% em junho deste ano, ficando 0,20 ponto percentual (p.p.) acima da taxa observada em maio (0,47%). A variação do indicador também superou a alta observada em junho do ano passado (0,53%). A saber, o IPCA é a inflação oficial do Brasil.
Com o acréscimo desse resultado, a variação acumulada nos últimos 12 meses acelerou de 11,73% para 11,89%, permanecendo em patamar bastante elevado. A propósito, a meta central para a taxa inflacionária em 2022 é de 3,5%, mas as projeções do mercado indicam que a inflação deverá encerrar o ano próxima de 8%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta sexta-feira (8).
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Confira as variações dos grupos em junho
De acordo com o IBGE, todos os nove grupos pesquisados tiveram variação positiva em maio. Veja abaixo o impacto que cada um deles exerceu no IPCA:
- Alimentação e bebidas: 0,17 p.p.
- Saúde e cuidados pessoais: 0,15 p.p.
- Transportes: 0,13 p.p.
- Vestuário: 0,07 p.p.
- Habitação: 0,06 p.p.
- Despesas pessoais: 0,05 p.p.
- Artigos de residência: 0,02 p.p.
- Comunicação 0,01 p.p.
- Educação: 0,01 p.p.
Em resumo, os principais impactos individuais registrados em junho vieram dos planos de saúde (0,10 p.p.), que variaram 2,99%, e das passagens aéreas (0,06 p.p.), que subiram 11,32% no mês.
A saber, os preços do querosene de aviação (QAV) já subiram mais de 70% apenas em 2022. Dessa forma, as passagens aéreas ficaram ainda mais caras, pois o combustível representa mais de um terço dos custos que as companhias aéreas possuem.
Por sua vez, o aumento dos preços dos planos de saúde impulsionou a inflação do grupo. Em suma, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou um reajuste máximo de 15,5% em planos de saúde individuais ou familiares, maior reajuste já autorizado pela ANS desde 2000.
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