O caminhoneiro bolsonarista Marcos Antonio Pereira Gomes, mais conhecido como Zé Trovão, passará a ficar detido sob o regime de prisão domiciliar e terá que usar tornozeleira eletrônica. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira (17) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Zé do Trovão estava preso em Joinville, em Santa Catarina, desde o final de outubro, quando ele, que estava foragido no México, voltou para o Brasil e se apresentou à Polícia Federal (PF). A prisão preventiva do apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi determinada pelo STF em uma ação que investiga a incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia.
Nesta sexta, ao decretar a prisão domiciliar do acusado, Alexandre de Moraes afirmou que não existem mais fatos que justifiquem a manutenção da prisão preventiva do acusado, visto que as manifestações do 7 de Setembro já ocorreram.
Além disso, o ministro ainda citou uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que afirmou que a principal motivação para a prisão de Zé do Trovão foi justamente a grande possibilidade de ele “participar de atos violentos e antidemocráticos no feriado de 7 de setembro de 2021, bem como divulgar mensagens criminosas também direcionadas ao mesmo feriado por meio de lives”.
Investigações contra Zé do Trovão
Hoje, Zé do Trovão é alvo da Polícia Federal porque é acusado de incitar atos violentos e antidemocráticos. Com o intuito de não ser preso, assim como relatado, ele fugiu para o México e, por lá, permaneceu em um hotel por quase dois meses.
Durante sua estadia no país em questão, ele afirmou que nunca se entregaria. No entanto, ele mudou de ideia, voltou para o Brasil e se entregou. Agora, com o benefício da prisão domiciliar, Zé do Trovão terá que usar tornozeleira eletrônica e seguir outras medidas como:
- Não usar redes sociais;
- Não receber visitas que não sejam da família;
- E, por fim, não dar entrevista sem autorização prévia da Justiça.
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