Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, se encontrou nesta segunda-feira (16) com Augusto Aras, Procurador-Geral da República. Durante o encontro, o chefe da Casa apresentou um pedido de investigação contra apoiadores radicais do ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL) que invadiram e depredaram o prédio da Câmara no último dia 08.
Esse pedido entregue por Arthur Lira é parecido com a solicitação apresentada no final de semana por Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, que entregou a Augusto Aras uma representação pedindo uma investigação contra as pessoas que danificaram a parte do Congresso Nacional que fica sob responsabilidade do Senado.
Assim como publicou o Brasil123, terroristas invadiram e depredaram diversas partes das sedes dos Três Poderes (Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto). Nas dependências da Câmara dos Deputados, por exemplo, os criminosos destruíram obras de arte e partes do próprio plenário.
Nesta segunda, o encontro entre Arthur Lira e Augusto Aras foi fechado à imprensa. O documento que foi entregue ao Procurador-Geral da República, que está sob sigilo, será analisado pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocrático, responsável pelas investigações dos atos golpistas.
Em nota, Augusto Aras afirmou que o Ministério Público Federal “tomará todas as medidas cabíveis junto às autoridades judiciais para apurar e punir os responsáveis pelos atos e sobretudo para impedir que fatos como os registrados no dia 8 de janeiro jamais voltem a ocorrer no país”.
Também em nota, Arthur Lira disse que, no encontro, afirmou esperar que o MPF “cumpra o seu papel e promova a responsabilização não só por causa da depredação, que é grave, mas sobretudo por causa do atentado sofrido pelas instituições”. Na semana passada, Augusto Aras afirmou que as investigações sobre os ataques aos Três Poderes devem ser formalizadas até sexta-feira (20). “Até a próxima sexta-feira, faremos o mesmo em relação ao material entregue pela Câmara dos Deputados”, disse ele na oportunidade.
Leia também: Justiça manda governo do DF divulgar lista de apoiadores de Bolsonaro liberados após audiência de custódia
