O ano de 2022 não foi fácil para os brasileiros. A saber, o preço da cesta básica subiu em todas as 17 capitais pesquisadas no ano passado. E isso aconteceu porque a maioria dos itens registrou alta também em todos os locais.
Em outras palavras, foi preciso gastar muito mais para comprar alimentos que em 2021. E dois dos principais alimentos que impulsionaram o valor da cesta básica foram o leite integral e a manteiga. A propósito, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realizou o levantamento.
No entanto, houve mais itens que também ficaram mais caros em todas as 17 capitais pesquisas. A começar pelo café em pó, que ficou bem mais amargo em 2022 do que os brasileiros gostariam.
Em síntese, os locais que registraram os maiores avanços percentuais em 2022 foram São Paulo (28,80%), Recife (25,30%), Porto Alegre (20,58%), Belém (20,20%) e Aracaju (19,98%).
Além disso, outros dois alimentos também ficaram mais caros em todas as capitais pesquisadas: farinha de trigo e pão francês. No primeiro caso, a pesquisa dos preços ocorreu em capitais do Centro-Sul do país. Aliás, os avanços variaram entre 24,74%, em Belo Horizonte, e 43,02%, em Goiânia.
Por sua vez, a variação no preço do pão francês foi pesquisada nas 17 capitais presentes no levantamento. As taxas oscilaram entre 13,17%, em João Pessoa, e 28,90%, em Belém.
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Guerra na Ucrânia impulsiona preço dos alimentos
No final de fevereiro de 2022, a Rússia invadiu a Ucrânia, dando início a um conflito que dura até hoje. Os dois países europeus continuam travando batalhas que acabam afetando todo o planeta. E uma das principais consequências da guerra foi o aumento no preço dos alimentos.
Em resumo, o conflito no leste europeu agravou os problemas nas cadeias globais de suprimentos, já bastante afetadas pela pandemia da covid-19. Como os alimentos passaram a demorar mais tempo para chegar aos destinos, os seus preços se elevaram.
Ao mesmo tempo, diversos itens relacionados, como fertilizantes e petróleo, cuja cotação afeta diretamente o valor dos combustíveis, também sofreram com a guerra. Com o aumento nos preços, o custo de produção também se elevou, e recaiu sobre o consumidor, que precisou gastar mais em 2022.
A saber, as capitais pesquisadas pelo Dieese são: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.
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