Valor da cesta básica sobe em todas as capitais pesquisadas em fevereiro

A cesta básica do Brasil ficou mais cara em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em fevereiro. Os maiores avanços ocorreram em Porto Alegre (3,40%), Campo Grande (2,78%), Goiânia (2,59%) e Curitiba (2,57%).

Por outro lado, os acréscimos mais tímidos ocorreram em São Paulo (+0,25%), Fortaleza (+0,37%), Rio de Janeiro (+0,66%) e Vitória (+0,74%). Embora tenha apresentando o menor avanço mensal, a cesta de São Paulo continuou como a mais cara do país, custando R$ 715,65.

Em seguida, ficaram as cestas de Florianópolis (R$ 707,56), Rio Janeiro (R$ 697,37) e Porto Alegre (R$ 695,91).

Na ponta de baixo da tabela, a cesta mais barata do país foi novamente a de Aracaju (R$ 516,82). Outros quatro estados também tiveram cestas com preços mais acessíveis em fevereiro: Recife (549,20), João Pessoa (R$ 549,33), Salvador (R$ 552,30), Natal (R$ 557,20) e Belém (R$ 574,86).

Cesta compromete mais da metade do salário mínimo

De acordo com o levantamento, alimentos básicos são aqueles necessários para as refeições de uma pessoa adulta durante um mês. O cálculo considera uma família composta por dois adultos e duas crianças.

A saber, a pesquisa estimou o valor do salário mínimo necessário. Em resumo, a análise levou em consideração a cesta básica de São Paulo, mais cara do país em fevereiro. Nesse caso, o salário mínimo deveria valer R$ 6.012,18. Isso corresponde a 4,96 vezes o valor do salário mínimo vigente, de R$ 1.212,00. 

A pesquisa comparou o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, aquele que possui descontos referentes à Previdência Social. Atualmente, a taxa é de 7,5%, e está neste nível desde março de 2020 devido à Reforma da Previdência.

Assim, o levantamento revelou que o trabalhador compromete 56,11% do salário mínimo líquido para comprar alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em janeiro, o percentual havia ficado em 55,20%.

O Dieese também revelou que o tempo médio necessário para que um trabalhador adquira produtos da cesta básica chegou a 114 horas e 11 minutos em fevereiro. Dessa forma, superou o tempo médio registrado em janeiro, de 112 horas e 20 minutos.

Por fim, as capitais pesquisadas pelo Dieese são: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.

Leia Mais: Economia da Ucrânia pode encolher até 35% devido à invasão da Rússia

Ruan Samarone

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