O bilionário Elon Musk iniciou a semana jogando uma verdadeira bomba no mercado acionário global. A saber, ele comprou o Twitter pela bagatela de US$ 44 bilhões, maior negócio envolvendo redes sociais na história. Aliás, este anuncio fez as ações do Twitter dispararem na segunda-feira (25).
Após digerirem a notícia, os acionistas da Tesla não pareceram tão felizes com esta aquisição. No pregão desta terça (26), as ações da fabricante de veículos elétricos, cujo dono também é Elon Musk, despencaram 12,18%. Em números reais, isso representa uma perda de US$ 126 bilhões em um único dia, segundo a consultoria especializada Economatica.
Agora, a Tesla é avaliada em US$ 907 bilhões, o que corresponde a cerca de R$ 4,5 trilhões. O valor médio das ações da empresa caiu para US$ 876,42 (R$ 4.377,45) no pregão desta terça.
Vale destacar que a queda no valor de mercado já era esperada. Em resumo, a Tesla acumula uma desvalorização de 23% desde 4 de abril, dia em que Musk revelou a sua participação no Twitter. Aliás, a perda da companhia chega a US$ 275 bilhões em valor de mercado neste período.
Veja os motivos que fizeram a Tesla perder tanto em valor de mercado
Em primeiro lugar, os acionistas da Tesla temem que Elon Musk venda uma parte da sua posição na companhia para pagar a compra do Twitter. A saber, a compra foi integral e alcançou um valor bastante expressivo. Por isso que há preocupações sobre a venda de uma parte significativa da companhia pelo bilionário.
Além disso, muitos acionistas também se preocupam com o futuro da Tesla. Como Elon Musk adquiriu outra companhia gigantesca, os investidores temem que haja divisão do foco para as empresas, e que isso prejudique o desempenho da Tesla.
Embora estes fatores tenham pesado fortemente para a perda de valor de mercado da Tesla, vale ressaltar que o dia não foi positivo para as empresas de tecnologia. Em suma, o índice Nasdaq 100, que engloba as principais empresas norte-americanas do setor, tombou mais de 3,5% no pregão.
Por fim, a Tesla é a quinta maior empresa listada no Nasdaq, segundo a Economatica. Ela fica atrás apenas de Apple, Microsoft, Alphabet (dona do Google) e Amazon.
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