A Shein (pronunciada como “she-in”), varejista chinesa de moda online, é uma das empresas de moda mais marcantes que surgiram nos últimos três anos, especialmente durante a pandemia da COVID-19.
Esta empresa tornou-se uma das marcas favoritas da Geração Z no Brasil, pois fornece produtos de moda atualizados a preços acessíveis. A Shein de fato teve uma ascensão meteórica desde que foi lançada nos EUA por volta de 2017, atingindo cerca de US$ 3,1 bilhões em vendas no varejo no mercado dos EUA em 2021.
Sobre a Shein
Fundada em 2008, a Shein, com sede em Nanjing, é voltada diretamente para a Geração Z, atraindo jovens compradores via Instagram e influenciadores do TikTok e uma enxurrada de códigos de desconto para estilos de baixo custo.
No entanto, a história da empresa começa no início de 2012, quando o fundador e CEO Chris Xu, um graduado americano da Universidade de Washington, desistiu de seu negócio de vestidos de noiva para adquirir o domínio Sheinside.com.
Xu começou vendendo roupas femininas, em 2015 ele renomeou a empresa Shein, focada em mercados estrangeiros, e começou a abocanhar rivais da moda.
Modelo de negócio vencedor
A Shein se beneficiou das políticas comerciais da China e dos EUA em 2018, quando a China começou a dispensar impostos de exportação para empresas DTC, ou seja, vendendo seus produtos e serviços ao cliente final, sem o auxílio de intermediário, depois que os EUA impuseram tarifas adicionais às empresas chinesas.
Além disso, a marca soube desenvolver um brilhante sistema de big data, de modo que fosse possível coletar e analisar dados de aplicativos. Os resultados ajudaram a orientar o design de novos produtos, determinar os volumes de produção e selecionar fornecedores.
Como se já não bastasse, a Shein cooperou com o Google, que oferece uma ferramenta personalizada para a empresa capturar atributos de moda locais por meio do Google Trends Finder.
Por fim, a Shein oferece estilos atualizados e relevantes a preços competitivos. Desse modo, se as consumidoras gostarem de um vestido da Zara, podem encontrar um estilo similar da Shein por cerca de 70% do preço.
Crescimento acelerado na pandemia
Quando a maioria das empresas de moda foi pega de surpresa pelo impacto da COVID-19 e o mercado geral de vestuário e calçados caiu mais de 20% em 2020, as vendas da gigante chinesa Shein continuaram a crescer dramaticamente, até 150%, versus 2019, e continuou a registrar crescimento de três dígitos em 2021.
Embora, em termos reais, as vendas da Shein em 2020 tenham atingido menos da metade dos números da Zara, seu crescimento tremendo e aparentemente imparável transformou a marca em uma ameaça real para outras marcas de fast fashion.
O surgimento de mais um player para as varejistas brasileiras
A fast-fashion chinesa inaugurou sua primeira loja no Brasil, no shopping Village Mall, localizado no estado do Rio de Janeiro, que funcionará durante 3 meses com várias ações promocionais no período.
Desenvolvido pela V3A para a marca, o projeto visa fortalecer a presença da Shein no mercado brasileiro, sendo pensado especificamente para aproximar a loja multinacional do varejo ao consumidor local, com elementos estéticos que reforçam a nova conexão da Shein com a cultura brasileira, especialmente o Rio de Janeiro.