Nesta quinta-feira (20), a marca de fast fashion chinesa, Shein, anunciou que irá realizar um investimento de R$750 milhões nos próximos anos, buscando estabelecer uma rede com milhares de fabricantes no setor têxtil no Brasil.
Além disso, a companhia anunciou o estabelecimento de um marketplace para produtos e vendedores brasileiros, afirmando que pretende fazer parceria com 2 mil fabricantes brasileiros, gerando, assim, 100 mil empregos nos próximos três anos. Um outro objetivo é nacionalizar 85% das mercadorias vendidas aos brasileiros.
Além disso, a companhia se prontificou a aderir às regras de conformidade, bem como seguir toda a legislação brasileira sobre comércio eletrônico. É importante lembrar que a lei brasileira veta a comercialização de produtos sem o pagamento dos impostos. Inclusive, a questão dos impostos se tornou uma polêmica em importações de brasileiros em sites chineses, como a Shein.
O investimento foi acordado durante uma reunião, nesta própria quinta-feira, entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) e os acionistas da Shein na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. O presidente da federação, Josué Gomes, também participou da reunião que definiu os investimentos da marcha chinesa.
“Nosso objetivo é apoiar os fabricantes e fornecedores brasileiros para que possam aumentar seu alcance e crescimento no Brasil, bem como agir como um bloco de construção para futuras oportunidades globais”, disse o presidente da Shein no Brasil, Felipe Feistler, em comunicado realizado pela companhia.
“Temos visto grande sucesso no Brasil desde nosso lançamento em 2020 e, com a crescente demanda de consumidores, vimos a oportunidade de localizar mais a nossa cadeia de fornecimento”, afirmou o presidente do conselho da empresa chinesa na América Latina, Marcelo Claure, também em comunicado publicado.
Os presidentes da Shein solicitaram um encontro Haddad após o governo ter anunciado que iria acabar com a isenção de impostos sobre a importação de produtos de até US$ 50 em compras realizadas através destas plataformas. Com isso, os produtos ficaram 60% mais caros que o valor original da compra, o que certamente iria diminuir as vendas da companhia no Brasil. Além da Shein, empresas como Shopee e Aliexpress também foram afetadas.
O anúncio do fim da isenção de US$ 50 gerou uma crise no governo, com diversas críticas de brasileiros, dado que fazem bastante consumo nestes sites. Inclusive, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, chegou a ser criticada nas redes sociais por defender a medida. Logo em seguida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou que Haddad recuasse da decisão.
Atualmente, a isenção dos US$ 50 em importações é somente válida para envios entre pessoas físicas. No entanto, o Ministério da Fazenda entende que ela abre brecha para fraudes, dado que empresas usam nomes fictícios e dividem as vendas superiores a US$ 50 em diversos pacotes para burlar a fiscalização. Embora o fim da taxa de isenção tenha sido descartada, o governo federal deverá estudar medidas para estancar a prática e evitar que envio de produtos de empresas como Shein, Shopee e Aliexpress sejam realizadas de forma fraudulenta.
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