O brasileiro continua ganhando muito menos do que deveria. De acordo com o mais recente levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo deveria ter sido de R$ 6.458,86 em outubro deste ano.
O valor é 5,33 vezes maior que o salário mínimo vigente (R$ 1.212,00). Aliás, o Dieese estima o valor em relação à cesta básica mais cara do país em agosto, que foi a de Porto Alegre, com um valor de R$ 768,82. A propósito, a cesta básica ficou mais cara em 12 dos 17 locais pesquisados no mês.
Na comparação com outubro de 2021, o aumento no preço da cesta básica em Porto Alegre foi de 11,25%. Já no acumulado deste ano, a variação ficou ainda mais elevada, chegando a 12,58%.
Por falar nisso, essa foi a terceira maior alta em 2022, ficando atrás apenas das variações registradas em Campo Grande (+14,39%) e Goiânia (+13,15%).
Em suma, o valor da cesta básica se refere ao conjunto de alimentos básicos, que são aqueles necessários para as refeições de uma pessoa adulta durante um mês. O cálculo do Dieese considera uma família composta por dois adultos e duas crianças.
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Trabalhador compromete mais da metade do salário
A pesquisa também comparou o custo da cesta com o salário mínimo líquido. Nesse caso, o Dieese levou em consideração os descontos referentes à Previdência Social, de 7,5%.
A saber, o resultado mostrou que o trabalhador comprometeu 58,78% do salário mínimo líquido para comprar alimentos básicos para uma pessoa adulta. Já o tempo médio necessário para que um trabalhador adquira produtos da cesta básica chegou a 118 horas e 45 minutos em outubro.
Por fim, o Dieese revelou que a cesta básica mais barata do país foi a de Aracaju (R$ 515,51). Caso essa tivesse sido a cesta básica mais cara do país, o salário mínimo deveria ter sido R$ 4.330,80, valor bem inferior ao da cesta básica de Porto Alegre.
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