Os rendimentos dos trabalhadores do país continuam crescendo nos últimos meses. De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a renda habitual média do trabalho no país cresceu 2,5% no terceiro trimestre de 2022, na comparação com o mesmo período de 2021.
A saber, esse é o primeiro resultado positivo na base anual desde o primeiro trimestre de 2020. À época, o mundo sofreu o impacto da decretação da pandemia da covid-19, que continua sendo combatida até os dias de hoje.
Em valores nominais, a renda média habitual real registrada no período chegou a R$ 2.737. Embora o valor tenha crescido no trimestre, segue abaixo dos níveis observados antes da pandemia. Ainda assim, o avanço trimestral fez a renda dos trabalhadores alcançar níveis registrados em 2017.
Vale destacar que o rendimento habitual se refere a quanto os trabalhadores costumam receber mensalmente pelo trabalho. Por sua vez, a renda efetiva é o valor que os trabalhadores de fato receberam.
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O Ipea também revelou que, apesar do crescimento da renda dos trabalhadores, houve segmentos que viram o rendimento encolher em um ano. Em síntese, os trabalhadores do setor público tiveram reduções tanto na renda habitual (-2,3%) quanto na efetiva (-3,0%).
Por outro lado, os trabalhadores do setor privado com carteira assinada comemoraram o aumento de cerca de 1,6% da renda habitual no terceiro trimestre.
Contudo, os maiores aumentos percentuais foram registrados pelos trabalhadores informais. A saber, houve um aumento de 5,4% no rendimento dos trabalhadores por conta própria, enquanto os sem carteira assinada viram sua renda crescer em 4,9%.
Em relação às regiões brasileiras, o rendimento dos trabalhadores teve as maiores altas no Centro-Oeste e no Norte (8,3% e 5,3%, respectivamente). Já a Região Nordeste registrou um aumento de 0,7% na renda efetiva e de 1,4% na renda habitual.
Por fim, na região Sudeste houve um crescimento de 1% da renda habitual no terceiro trimestre de 2022.
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