Mais um caso de racismo foi registrado e publicado nas redes sociais. Desta vez, o envolvido é um rapper, de 28 anos, conhecido como Jé Santiago e que faz parte do grupo Recayd Mob. De acordo com o cantor, ele foi vítima de racismo enquanto estava na fila de vacinação contra a Covid-19.
Em um vídeo publicado na rede social, o artista conta que o caso aconteceu na Unidade Básica de Saúde (UBS) Aurélio Mellone, na Zona Sul da capital paulista, no sábado (07).
Em uma das gravações feitas pelo rapper, ele conta que a mulher o chamou de “neguinho”. Em outro trecho, uma delas pergunta: “quem te chamou de neguinho, imbecil?”. Na sequência, uma outra tenta agredi-lo, sendo possível, inclusive, ouvir que alguém o chama de “favelado”.
Nas redes sociais, o rapper afirmou que registrou um boletim de ocorrência por injúria racial no 26º Distrito Policial, no Sacomã. De acordo com ele, as ofensas tiveram início por questões políticas.
Além de Santiago, um outro homem, Junior Castro, 25 anos, que também estava no local, afirmou que também foi ofendido. De acordo com ele, as mulheres o chamaram de “viadinho”.
https://twitter.com/newsvideos4/status/1424442364580581378
Após ocorrência, a Polícia Militar (PM) foi acionada e constatou que Junior Castro foi agredido pelas mulheres e sofreu escoriações nas costas, já o rapper não sofreu lesões aparentes, mas a Polícia Civil pediu exames ao Instituto Médico Legal (IML) das duas vítimas.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o caso foi encaminhado ao 83º DP, no Parque Bristol, responsável pela área dos fatos. “As vítimas foram orientadas quanto ao prazo de até seis meses para representarem criminalmente contra as autoras, conforme determina a lei. Assim que houver manifestação, será instaurado inquérito policial”, afirmou em comunicado.
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