Produção industrial do Brasil recua 4,5% em 2020, aponta IBGE

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A produção industrial do Brasil caiu 4,5% em 2020, na comparação com o ano anterior. A alta registrada em dezembro (0,9%), oitava seguida, não conseguiu reverter o resultado negativo. A saber, o setor acumulou crescimento expressivo nesse período, de maio a dezembro, subindo 41,8% e eliminando as fortes perdas de 27,1% entre março e abril. Aliás, neste período, início da pandemia, o indicador chegou ao nível mais baixo da série histórica.

Em resumo, os oito últimos meses do ano registraram os seguintes avanços: maio (8,7%), junho (9,6%), julho (8,6%), agosto (3,4%), setembro (2,8%), outubro (1,1%), novembro (1,2%) e dezembro (0,9%). No entanto, o resultado anual fechou em queda. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, o setor industrial está 13,2% abaixo do patamar recorde alcançado em maio de 2011, mesmo com as altas consecutivas. A propósito, o IBGE, divulgou as informações nesta terça-feira (2).

Além disso, os dados indicaram crescimento de 8,2% em dezembro do ano passado na comparação com o mesmo período de 2019. Da mesma forma, também houve avanço no último trimestre de 2020, de 3,4%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Vale ressaltar que a queda de 4,5% no ano passado é a segunda retração seguida do setor, seguindo a retração de 1,1% em 2019.

Veja o que influenciou a queda da indústria

De acordo com o IBGE, os resultados entre as grandes categorias econômicas apontou para uma única direção. As quatro apresentaram quedas em suas taxas e, nesse sentido, os principais destaques ficaram com bens de consumo duráveis, que registraram perdas de 19,8%, e bens de capital, que despencaram 9,8%. As outras duas categorias também tiveram perdas em 2020, mas os recuos foram menos expressivos. Assim, bens de consumo semi e não duráveis caíram 5,9%, enquanto bens intermediários recuaram 1,1%.

Em resumo, 20 dos 26 ramos pesquisados pelo IBGE registraram retração em sua produção em 2020. Por fim, o impacto dos efeitos do isolamento social a partir de março puxaram o setor industrial pra baixo, mas a queda anual aconteceu devido à queda acumulada em janeiro e fevereiro, visto que os oito últimos meses do ano conseguiram reverter os recuos de março e abril, período do início da pandemia.