A indústria brasileira continua se recuperando das fortes perdas sofridas com a pandemia da Covid-19. Em fevereiro, a produção industrial do país cresceu 0,7%. E isso aconteceu devido ao avanço registrado em 11 dos 15 locais pesquisados no mês. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta sexta-feira (8).
Em resumo, as altas mais expressivas vieram do Pará (23,9%) e de Pernambuco (10,2%). “Em termos de influência, o Pará é a maior com crescimento de 23,9%, baseado principalmente no desempenho positivo do setor extrativo… em janeiro houve grande volume de chuvas que impactou a produção e o escoamento do minério de ferro”, disse Bernardo Almeida, analista da pesquisa.
Já em relação a Pernambuco, o avanço ocorreu graças ao setor de alimentos, em especial o açúcar, e ao setor de outros equipamentos de transporte com aumento da produção de embarcações e peças para motocicletas, segundo o IBGE.
O IBGE revelou que outros quatro locais também tiveram fortes resultados no segundo mês de 2022: Amazonas (7,8%), Minas Gerais (7,3%), Ceará (6,0%) e Região Nordeste (5,1%).
Por outro lado, três locais tiveram decréscimo em suas taxas em fevereiro: Mato Grosso (-4,4%), Rio de Janeiro (-0,5%) e Espírito Santo (-0,4%). Já o Rio Grande do Sul apresentou uma variação nula no mês (0,0%).
Indústria nacional sobe na base trimestral, mas afunda na anual
Além disso, o IBGE revelou que a produção industrial cresceu 0,4% na média móvel trimestral. A propósito, dez dos 15 locais pesquisados tiveram taxas positivas, liderados por Espírito Santo (2,4%), Bahia (2,1%), Amazonas (1,6%), Goiás (1,4%), Região Nordeste (1,1%), Pará (0,7%) e São Paulo (0,7%).
Em contrapartida, nove dos 15 locais apresentaram taxas negativas no acumulado do ano. Nesse caso, os destaques foram Ceará (-20,1%), Pará (-14,5%), Santa Catarina (-8,0%), São Paulo (-7,3%), Pernambuco (-7,1%) e Região Nordeste (-6,2%).
“Ainda é cedo para analisarmos o resto do ano, mas podemos observar uma desaceleração da produção. Vale destacar que, no início de 2021, ainda tínhamos um caráter compensatório e a base de comparação era mais baixa que o período atual”, avaliou Almeida.
Por fim, no acumulado dos últimos 12 meses, a produção industrial brasileira acumula crescimento de 2,8%. A saber, nove dos 15 locais pesquisados também tiveram alta no período. Os destaques foram Amazonas (8,9%), Minas Gerais (8,0%), Paraná (7,5%), Santa Catarina (7,3%), Espírito Santo (6,5%) e Rio Grande do Sul (6,5%).
Já os recuos mais expressivos vieram da Bahia (-9,9%), Pará (-6,1%) e indRegião Nordeste (-6,1%).
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