Os preços dos alimentos na “porta de fábrica” caíram novamente em setembro, assim como ocorreu no mês anterior. De acordo com o Índice de Preços ao Produtor (IPP), medido pelo IBGE, a inflação dos alimentos recuou 1,13% no mês passado, após tombar 3,50% em agosto.
A saber, estas quedas sucedem seis meses consecutivos de alta. Aliás, a última vez que os preços dos alimentos haviam recuado por dois meses seguidos no Brasil foi em junho (-0,76%) e julho (-1,61%) de 2019.
Em resumo, o IPP analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete. Aliás, a inflação ao produtor acaba refletindo nos preços disponibilizados ao consumidor final. E, em setembro, o indicador teve uma queda de 1,96%.
Vale destacar que, quando os preços no atacado desaceleram, os valores no varejo tendem a seguir a mesma trajetória. Inclusive, o IPCA, considerado a inflação oficial do Brasil, recuou em setembro, influenciado pelos alimentos, cujos preços também perderam força no país.
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Leite e derivados derrubam preços dos alimentos
Em setembro, o setor de refino de petróleo e biocombustíveis exerceu o maior impacto no IPP, de -0,89 ponto percentual (p.p.). Por sua vez, os alimentos influenciaram o indicador em -0,24 p.p., atrás também do ramo de outros produtos químicos (-0,62 p.p.)
Segundo o levantamento, o leite e seus derivados continuaram se destacando no grupo aos alimentos. A saber, estes itens foram os principais responsáveis pela queda nos preços dos alimentos em setembro.
“Entre os produtos destacados, em termos de variação, ainda aparecem derivados do leite”, explicou o IBGE.
“Já, em termos de influência (respondendo a -0,82 p.p., de -1,13%), os produtos são: “leite esterilizado / UHT / Longa Vida”, “resíduos da extração de soja”, “carnes e miudezas de aves congeladas” e “carnes de bovinos congeladas”, acrescentou.
Por fim, vale destacar que o setor de alimentos é o de maior contribuição no cálculo do Índice de Preços ao Produto. Em suma, o setor responde por mais de 23% da variação do índice, segundo o IBGE.
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