Os motoristas do Brasil conseguiram aproveitar preços bem mais acessíveis da gasolina em 2022. A saber, o combustível fechou o ano com um preço médio nacional 25,08% menor que o registrado no ano anterior.
Em síntese, a gasolina custou, em média, R$ 4,98 no país na última semana de 2022. A título de comparação, o litro do combustível custava R$ 6,62 no mesmo período de 2021. Isso mostra que os brasileiros não tiveram muito o que reclamar sobre os valores nacional da gasolina no ano passado.
Entre as regiões brasileiras, os maiores recuos percentuais vieram do Norte (-26,99%) e do Sudeste (-26,02%). Em seguida, ficaram o Nordeste (-24,21%), o Centro-Oeste (-24,13%) e o Sul (-23,86%).
Embora tenha recuado na comparação anual, a gasolina voltou a ficar mais cara no Brasil, após cinco semanas de alta. Aliás, a leve alta de 0,61% até foi comemorada na semana passada pelos motoristas, que temiam um avanço ainda maior, especialmente no início de 2023.
A propósito, estes dados foram levantados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em suma, a série histórica da agência teve início em 2004 e atualmente pesquisa os preços em mais de cinco mil postos do país.
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Desoneração dos combustíveis segura preço da gasolina
Na verdade, os combustíveis poderão ter aumentos significativos no início deste ano. Contudo, o governo Lula prorrogou a isenção dos impostos sobre estes itens, segurando os preços do diesel, do etanol, do gás veicular e também da gasolina
Na última segunda-feira (2), o governo federal publicou uma Medida Provisória (MP) que manteve zeradas as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins sobre diesel, biodiesel e gás liquefeito de petróleo.
Além disso, manteve até o dia 28 de fevereiro a desoneração de PIS/Pasep e Cofins sobre a gasolina e o álcool. Aliás, quem gosta de abastecer seu veículo com a gasolina também poderá aproveitar a alíquota zero da Cide sobre o combustível.
A decisão ainda manteve zeradas as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins sobre querosene de aviação e gás natural veicular.
Por fim, a expectativa é que o preço da gasolina não suba de maneira expressiva na próxima atualização da ANP, justamente porque houve a prorrogação da isenção dos combustíveis. Ainda assim, há riscos de novos avanços, ainda que leves.
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