A Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 46,096 bilhões no terceiro trimestre de 2022. A saber, o valor ficou 15,15% menor que o registrado no trimestre passado (R$ 54,330 bilhões).
Por outro lado, na comparação com o terceiro trimestre de 2021, houve uma forte alta de 48% (R$ 31,146 bilhões).
De acordo com a Petrobras, a queda do lucro em relação ao trimestre anterior aconteceu devido à queda do preço do barril de petróleo. Em síntese, o barril Brent, que é a referência mundial, teve uma forte desvalorização no trimestre, puxando o lucro da companhia para baixo.
Além disso, a Petrobras explicou que o resultado do segundo trimestre foi beneficiado pelo ganho de R$ 14,2 bilhões. Esse valor se referiu ao acordo de coparticipação em Sépia e Atapu, algo que não aconteceu no terceiro trimestre.
“Estes fatores foram parcialmente compensados pela melhora no resultado financeiro (R$ 7,8 bilhões) refletindo a menor desvalorização do real frente ao dólar no 3T22 em comparação ao 2T22”, disse a Petrobras em nota.
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Combustíveis com defasagem de preços
Nas últimas semanas, a Petrobras vem sendo pressionada sobre reajustes nos preços dos combustíveis. Embora o petróleo tenha recuado, o dólar se manteve em patamar elevado no mês passado.
Em resumo, dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) mostraram que a defasagem nos preços praticados pela Petrobras chegou a 9% em relação à gasolina e a 10% referente ao diesel.
Esse cenário indicava que a Petrobras estava vendendo os combustíveis a valores mais baratos que os preços praticados internacionalmente. A saber, isso representava prejuízo para a estatal, que estava importando combustíveis mais caros, mas comercializando-os mais barato no Brasil.
Muitos criticaram o presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que o governo federal evitou um reajuste da Petrobras até o final de outubro. Isso aconteceu para que o presidente não perdesse votos de possíveis eleitores, mas não impediu que ele perdesse o segundo turno para o ex-presidente Lula (PT).
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