O futuro presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates, afirmou nesta semana que a Petrobras não terá intervenção em sua política de preços de combustíveis. De acordo com ele, qualquer mudança nesse tema ocorrerá após discussões e análises.
O indicado ao comando da estatal pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem dando declarações sobre a política de preços desde a semana passada. Por exemplo, ele afirmou na semana passada que haveria “trégua” no país em relação à cobrança de impostos sobre combustíveis.
No entanto, com a repercussão de suas declarações, Prates ressaltou que “ninguém falou em intervenção” nos preços. Ele disse que não sabe “quem inventou essa história de intervenção”, mas garantiu que isso não acontecerá.
“A Petrobras não faz intervenção em preços. Ela cumpre o que o mercado e o governo criam de contexto. Petrobras reage a um contexto. Então nós vamos criar nossa política de preços para nossos clientes, para as pessoas que compram da Petrobras. A gente não pode influenciar”, disse Prates.
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Petrobras continuará se baseando pelo cenário internacional
Em resumo, a Petrobras define as variações nos preços dos combustíveis conforme o cenário internacional. A saber, a política de preços da estatal se baseia no valor internacional do barril de petróleo e nas oscilações do dólar. Ambos os fatores são essenciais para a companhia definir os reajustes nos valores dos combustíveis.
Segundo Jean-Paul Prates, isso continuará, mesmo com a Petrobras sob seu comando. Ele afirmou que não haverá mudança nessa questão e que a estatal seguirá analisando o mercado externo e se baseando nas variações que ocorrerem. No entanto, fatores domésticos também serão levados em conta.
“O fato de dizer que vai acabar com o PPI não quer dizer desvincular das oscilações internacionais, apenas que vai usar mais o fato de ser produzido domesticamente em favor da economia brasileira. Vamos discutir com todas as partes interessadas”, explicou.
“Todo preço vai ter referência internacional. Sempre vai ser influenciado pelos preços internacionais. Não é ideia minha. Todo preço da commodity de combustível e derivado de petróleo é referência, influenciado pela oscilação internacional”, acrescentou Prates.
Ele disse que irá propor a desvinculação da paridade internacional, não do preço internacional. Em suma, isso acontecerá “sem impor tabelamento, sem absolutamente nenhuma intervenção direta no mercado, apenas usar a vantagem competitiva”, segundo o futuro presidente da Petrobras.
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