O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, afirmou nesta terça-feira (14) que a estatal não repassará todas as oscilações do preço internacional do petróleo para os consumidores do país. As declarações aconteceram hoje no plenário da Câmara dos Deputados.
Essas falas ocorrem em um momento em que os motoristas do país pensam cada vez mais em deixar seus carros em casa. Isso porque o preço médio da gasolina está mais caro a cada semana, superando os R$ 6,00. Inclusive, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revelou ontem (13) que todos os combustíveis ficaram mais caros na semana encerrada em 11 de setembro.
Já em relação ao petróleo, os preços estão crescendo novamente em meio ao aumento da demanda e à produção afetada no Golfo do México. Em resumo, a elevação do valor internacional do petróleo afeta diretamente os preços dos combustíveis no Brasil. No entanto, Silva e Luna afirma que a Petrobras não repassa todas essas oscilações ao mercado.
“O que é conjuntural, ela absorve e procura entender ao máximo possível essa lógica de mercado”, disse Luna em relação à Petrobras. Isso acontece, porque a estatal analisa se o aumento do preço da commodity é estrutural, ou seja, se possui um caráter permanente. Contudo, quando o aumento é conjuntural (passageiro), a Petrobras absorve e não repassa ao mercado.
Principal interesse da Petrobras é o Brasil
Além disso, Silva e Luna afirmou que o principal interesse da Petrobras é o Brasil. Em suma, ele disse que a empresa gera lucros e, com isso, também gera dividendos para os seus acionistas. A saber, o maior acionista da estatal é a própria União. De acordo com o presidente da Petrobras, a empresa pagou R$ 20 bilhões em dividendos ao governo federal de 2019 a 2021.
“A melhor maneira que a Petrobras pode contribuir com o Brasil é ser uma empresa forte, poder fazer investimentos muito bem selecionados, muito bem cuidados, e ter uma forte governança, evitando qualquer desvio, qualquer ação que não seja no sentido de somar, com foco naquilo que ela faz de melhor”, explicou Silva e Luna.
Por fim, ele também disse que não há espaço para “qualquer tipo de aventura” dentro da Petrobras. Ao mesmo tempo, garantiu que uma empresa “saudável” ajuda a sociedade brasileira através dos tributos pagos ao governo federal, bem como aos estados e municípios.
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