Os preços dos alimentos se mantêm em patamar elevado no Brasil. A população está precisando gastar mais para comprar alimentos para casa, mas os preços estão ainda mais altos fora de casa. E o resultado disso é o aumento do número de pessoas que passaram a levar marmita de casa para economizar.
De acordo com dados da Kantar, empresa de dados, insights e consultoria, o número de brasileiros que passaram a optar por levar comida de casa cresceu 12,3% em um ano. Isso aconteceu, principalmente, devido aos gastos que as pessoas têm em cada refeição.
Em síntese, o valor gasto, em média, por marmita por dia chegou a R$ 10,72. Já uma refeição fora de casa custou, em média, R$ 17,81 para os brasileiros. Em outras palavras o preço da marmita foi quase 40% menor que o de uma refeição fora de casa.
A saber, a pesquisa da Kantar faz uma análise trimestral do comportamento de consumo de alimentos, bebidas, produtos de limpeza do lar e artigos de higiene e beleza pessoal no país. Neste levantamento, a Kantar ouviu 11,3 mil pessoas.
O levantamento ainda revelou que o número de almoços realizados em casa caiu 11,1%. Em suma, a melhora no quadro sanitário, com o fim das restrições devido à pandemia da covid-19, promoveu a volta ao trabalho presencial e fortaleceu as atividades sociais fora de casa.
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Brasileiros passam a comprar alimentos mais baratos
A Kantar também revelou que os brasileiros passaram a comprar alimentos mais baratos e práticos. Aliás, estes itens também passaram a ser utilizados nas marmitas, refletindo uma mudança no hábito de muita gente no Brasil.
Confira abaixo os alimentos que ganharam espaço nas despensas:
- Batatas congeladas;
- Hambúrgueres;
- Lanches prontos;
- Massas frescas;
- Salsichas.
Por outro lado, alguns itens deixaram de aparecer nas despensas de muita gente:
- Arroz;
- Carne bovina;
- Ervas e especiarias;
- Legumes;
- Óleos.
“Nosso cenário econômico ainda é desafiador. Categorias de baixo custo, fácil preparo e que garantam indulgência para o consumidor têm boa oportunidade de crescimento”, afirmou Jenifer Ferreira, executiva sênior e responsável pela pesquisa.
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