Os reajustes salariais realizados em 2022 não ajudaram muito o trabalhador no Brasil. Isso porque apenas 23,8% dos acordos e convenções coletivas superaram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), ou seja, resultaram em ganhos reais para o trabalhador do país.
A saber, os profissionais torcem por grandes reajustes, acima da inflação, pois resultam no aumento do poder de compra. No entanto, 40,3% dos acordos realizados neste ano ficaram abaixo do INPC. Isso mostra que o ano foi bem ruim para quatro em cada dez trabalhadores do país, que viram seu rendimento diminuir literalmente.
Outros 36,5% dos acordos e convenções coletivas tiveram valor igual ao INPC. Nesse caso, não houve alteração no poder de compra dos trabalhadores, que continuaram com uma remuneração equivalente à inflação observada no período.
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Veja os reajustes nos principais setores econômicos
Entre os segmentos pesquisados, a indústria teve o maior número de reajustes acima da inflação do país em 2022, chegando a 31,5% do total dos reajustes. Já as negociações abaixo do INPC totalizaram 30,0%, enquanto 38,5% ficaram iguais à inflação medida pelo índice.
Por sua vez, apenas 22,7% dos reajustes do comércio superaram a inflação em 2022. As negociações que ficaram iguais ao INPC somaram 50,6%, ou seja, mais da metade dos reajustes seguiram a variação da inflação. E os 29,2% dos acordos restantes ficaram abaixo do índice.
Embora estes dados tenham sido negativos, o destaque em 2022 é o setor de serviços. Em suma, 50,3% dos reajustes ficaram abaixo da inflação, o que quer dizer que mais da metade dos trabalhadores do setor viram o seu poder de compra diminuir neste ano.
Além disso, 30,9% das negociações foram iguais ao INPC e também não representaram ganho real para o trabalhador do comércio. Assim, apenas 18,7% dos acordos superaram a inflação, aumentando o poder de compra dos profissionais deste setor.
Por fim, o INPC acumulou alta de 5,97% em 12 meses até novembro. O índice se refere às famílias que têm rendimento mensal de um a cinco salários mínimos e é utilizado como referência para reajustes salariais e benefícios do INSS.
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