Joesley Batista, executivo das empresas do grupo J&F, que controla a JBS, vai integrar a comitiva que irá à China no final deste mês junto com o presidente da República Lula Inácio Lula da Silva (PT). O empresário ficou conhecido nacionalmente em 2017 por ter gravado o então presidente Michel Temer (MDB) supostamente dando aval para a compra do silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB). Isso, após ele ter sido preso na operação Lava Jato.
Lula retoma antigo projeto de segurança pública
De acordo com informações publicadas nesta segunda-feira (20) pelo jornal “O Globo”, além de Joesley, seu irmão, Wesley Batista, também integrará a comitiva que vai à China. Além da dupla, outros 86 empresários já foram listados e devem integrar o grupo que viajará com Lula.
Segundo o Itamaraty, o governo arcará com as despesas das autoridades como parlamentares, governadores, ministros de Estado que forem ao país asiático, diferentemente do que acontecerá com os empresários, que não terão a viagem custeada pelo governo brasileiro.
Conforme publicou o Brasil123, na China, há a expectativa de que Lula assine cerca de 20 acordos. Esse viagem de Lula está marcada para acontecer no próximo dia 26. Dois dias depois, ele deve se encontrar com autoridades locais, incluindo o presidente chinês Xi Jinping. No dia seguinte, a comitiva brasileira que acompanhará Lula irá participar de um seminário empresarial.
Ainda conforme o Itamaraty, os acordos previstos para serem assinados na China abrangem áreas diversas como: saúde, agricultura, educação, finanças, indústria, ciência e tecnologia. Dentre esses acordos, consta o referente ao Cbers-6, que será o primeiro satélite sino-brasileiro para monitoramento da superfície da Terra, com foco em florestas.
Essa será a primeira viagem oficial de Lula à China desde que ele tomou posse pela terceira vez como presidente. Isso, em janeiro deste ano. Conforme apontou a jornalista do canal “Globo News” Julia Duailibi, assessores de Lula e do presidente da China, Xi Jinping, ainda estão arquitetando como será o encontro entre os dois líderes.
Após a passagem pela China, Lula deve desembarcar nos Emirados Árabes, uma parada comum para os presidentes que vão até a Ásia por conta da disposição geográfica. Em 2019, por exemplo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve no Japão e na China. Dias depois, ele foi para a Arábia Saudita e ainda passou pelos Emirados Árabes Unidos.
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