O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) elevou as projeções de crescimento da atividade econômica do Brasil em 2022. A saber, o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve crescer 3,1% neste ano, em vez de 2,8%, como previsto anteriormente pelo instituto.
De acordo com o Ipea, a melhora das estimativas para o crescimento da atividade econômica brasileira neste ano se deve ao desempenho expressivo do setor de serviços (4,2%) e da indústria (1,7%). O primeiro se refere à melhora do mercado de trabalho, enquanto o segundo está relacionado à recuperação do setor de serviços.
No entanto, o instituto revelou que o PIB brasileiro deverá encolher 0,2% no quarto trimestre deste ano. Diversos fatores estão apresentando dados menos fortes e, com essa desaceleração, a atividade econômica vem perdendo força no final deste ano.
“O encarecimento do crédito, lado a lado com uma inflação ainda elevada, vem deteriorando a situação financeira das famílias. Com isso, os níveis de inadimplência seguem aumentando, em função do comprometimento cada vez maior da renda familiar com o pagamento de dívidas passadas”, disse o Ipea em nota.
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Projeção para o PIB em 2023 recua
O Ipea também revisou suas projeções para o crescimento do PIB brasileiro em 2023. Segundo o instituto, a economia brasileira deve crescer 1,4% no próximo ano, em vez de 1,6% como projetado anteriormente.
“Para o próximo ano, as incertezas dizem respeito às mudanças no orçamento federal e no arcabouço de regras fiscais, com o objetivo de acomodar os aumentos de despesas desejados pelo governo eleito e garantir uma trajetória sustentável para as contas públicas”, informou o instituto.
Em síntese, o cenário desfavorável para o ano que vem acontece devido a fatores internos e externos. No âmbito doméstico, os juros elevados e a incerteza econômica ajudaram a reduzir as projeções do Ipea. Já em relação ao exterior, o temor de uma recessão e a desaceleração econômica puxaram ainda mais as estimativas para baixo.
Por fim, o Ipea elevou sua projeção para a inflação em 2023, de 4,7% para 4,9%.
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