Inflação registrada pelos países da OCDE é a maior em 30 anos

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou na quinta-feira (3) os dados mais recentes da inflação registrada por seus países membros. A saber, a taxa inflacionária dos países da OCDE disparou de 5,9% em novembro de 2021 para 6,6% em dezembro.

Vale destacar que a taxa havia atingido 1,2% em dezembro de 2020, indicando o quanto a inflação disparou em um único ano. Aliás, essa é a maior taxa já registrada pelos países da OCDE desde julho de 1991, ou seja, em mais de 30 anos.

Em resumo, esse cenário pressiona cada vez mais os bancos centrais a aumentarem os juros para conter a disparada da inflação. E foi a variação na Turquia que exerceu o maior impacto para o resultado de dezembro. No país, a taxa inflacionária chegou a expressivos 36,1% em dezembro do ano passado.

Caso a inflação nos outros países membros da OCDE suba em janeiro deste ano, é muito provável que a organização registre uma nova máxima das últimas décadas. Isso porque a taxa inflacionária na Turquia disparou para 48,7% no primeiro mês deste ano.

A entidade também destacou a inflação elevada na zona do euro. Em dezembro do ano passado, a taxa na região alcançou o maior patamar em 30 anos da série histórica. Inclusive, a taxa superou em 2,5 vezes a meta do Banco Central Europeu para a região.

Preços da energia impulsionam inflação

De acordo com a OCDE, a elevação da inflação nos últimos meses é resultado dos altos preços de diversas commodities. No entanto, o grande destaque continua sendo a energia, cujos preços acumulam uma disparada anual de 25,6% na área da OCDE.

Embora a taxa seja bastante expressiva, ela ficou 2,0 pontos percentuais (p.p.) abaixo da registrada em novembro (27,6%). Aliás, a taxa havia alcançado o maior patamar em 41 anos, mas recuou em dezembro. Seja como for, a alta dos preços da energia supera em muito os 4,2% registrados em dezembro de 2020.

Já a inflação dos preços dos alimentos acumulada em 12 meses passou de 5,5% em novembro para 6,8% em dezembro. A propósito, a taxa havia atingido 3,2% em dezembro do ano passado.

Ao excluir alimentos e energia, tem-se o núcleo da inflação, que apresentou uma variação mais moderada. Ainda assim, a taxa subiu no período, de 3,9% em novembro para 4,6% em dezembro.

Leia Mais: Preço dos imóveis residenciais sobe 0,53% em janeiro

Ruan Samarone

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