Inflação faz 65% dos consumidores escolherem marcas mais baratas

Os brasileiros estão enfrentando tempos difíceis no país. O custo de vida cada vez mais elevado está modificando os hábitos dos consumidores, que se veem forçados a reduzir os seus gastos. E isso acontece ao escolher marcas mais baratas ou mesmo cortar da lista de feira alimentos considerados não essenciais.

De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), elaborada pelo Grupo Euroconsumers, 65% dos consumidores passaram a comprar marcas mais baratas devido à inflação elevada. A propósito, a pesquisa ouviu 1.038 pessoas no país.

A saber, a taxa inflacionária no país em maio chegou a 11,73% no acumulado dos últimos 12 meses. Em suma, esse resultado é mais de três vezes superior à meta central da inflação para 2022, de 3,5%.

Segundo projeções de economistas, a taxa deverá desacelerar no decorrer do ano, para próximo de 9,0%. Ainda assim, o valor continuará bem mais alto que a meta do Conselho Monetário Nacional (CMN), responsável por definir a meta da inflação.

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Brasileiros reduzem consumo no país

A pesquisa também revelou que 33% dos entrevistados cortaram da lista os alimentos considerados não essenciais. Além disso, metade deles reduziram o consumo de alimentos mais caros, como carne e peixe.

As mudanças não acontecem apenas nas compras de supermercado. Em resumo, o levantamento mostrou que 70% das pessoas afirmaram que estão deixando os aparelhos elétricos desligados ou evitando o uso frequente para economizar.

Por sua vez, 45% dos entrevistados estão deixando de usar o carro para fugir da alta dos preços dos combustíveis. Enquanto isso, 28% passaram a dirigir de forma mais econômica.

Mais da metade dos entrevistados também cortou os gastos com roupas. Em relação ao lazer, 47% deixaram de ir a restaurantes e bares, ao passo que 30% mudaram os planos de férias.

Por fim, a pesquisa mostrou um dado preocupante: 58% dos entrevistados afirmaram que não possuem margem para lidar com mais altas dos preços. Além disso, 39% disseram que estão com uma situação financeira mais difícil que há um ano.

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Ruan Samarone

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