O governo da Espanha se envolveu em uma grande polêmica, tudo por conta de uma campanha publicitária que tentava incentivar a positividade sobre os corpos. Isso porque o governo, além de usar as imagens das mulheres sem qualquer autorização, conseguiu piorar a situação e editar as fotos, chegando a colocar uma perna em uma das modelos, que é amputada.
O caso veio à tona nesta terça-feira (02) após a mulher da imagem denunciar o fato nas redes sociais. A ilustração, que tinha por objetivo incentivar que mulheres com qualquer tipo de corpo aproveitem o verão na praia, sofreu críticas dentro e fora da Espanha.
Na imagem, é possível ver que uma das modelos é a britânica Sian Green Lord. Na foto editada não tem como constatar que ela é uma pessoa com deficiência. Isso porque o governo simplesmente ocultou a prótese que a modelo usa desde 2013 após ser atropelada e “implementou uma outra perna”.
Nas redes sociais, além de afirmar que o governo da Espanha usou a imagem sem autorização ou comunicação, Sian Green Lord ainda acusou a gestão espanhola de ter adulterado a foto. Ainda nas redes sociais, em uma publicação feita nesta terça, a mulher confessou que está muito abalada por conta da descoberta de que sua imagem foi usada e editada pelo governo espanhol.
“Essa foto não me representa mais me divertindo com meus amigos. Agora, essa imagem me deixa extremamente triste! Desde que descobri o que foi feito com a minha imagem, minha confiança está em baixa com a Ansiedade tomando o lugar mais alto! Minhas táticas habituais de automotivação falharam e agora estou em um lugar estranho”, publicou a mulher no Instagram.
Em outro momento, ela afirmou que sentimentos do passado voltaram e ela está tendo que aprender tudo novamente, assim como quando perdeu seu membro. “Minha perna não é nada para se envergonhar! É um produto de força, resiliência e independência. Eu vou chegar lá só preciso de tempo, assim como antes”, disse Sian Green Lord na postagem que acumula milhares de curtidas e comentários positivos para ela.
Até o momento, o Ministério de Igualdade, pasta responsável pela campanha, ainda não se pronunciou. Por outro lado, o Instituto das Mulheres, que é vinculado ao órgão, disse que não sabia que as imagens eram de mulheres reais.
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