Governo anuncia nova bandeira tarifária e conta de luz fica mais cara

Esqueça a bandeira vermelha! Essa não é mais a bandeira tarifária mais cara do país. Agora temos a “bandeira tarifária escassez hídrica“. Aliás, ela já entra em vigor a partir de amanhã (1º). Então, se você acha que a sua conta de luz já está bastante cara, economize, porque o preço ficará ainda mais alto.

Em resumo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a nova bandeira nesta terça-feira (31). Como esperado, os consumidores pagarão ainda mais caro para ter energia em casa. A propósito, o brasileiro atualmente está pagando R$ 9,49 a cada 100 quilowatts/hora (kWh) consumidos.

No entanto, a partir desta quarta-feira, o valor ficará 49,63% maior, ou seja, cada 100 kWh consumido custará R$ 14,20 a mais para o consumidor. E essa taxa deverá ficar em aplicação no país até 30 de abril de 2022, segundo previsão da Aneel. Isso quer dizer que os próximos oito meses limitarão ainda mais o orçamento das famílias do país.

“Assim, tendo em vista o déficit de arrecadação já existente, superior a R$ 5 bilhões, e os altos custos verificados, destacadamente de geração termelétrica, foi aprovada determinação para que a ANEEL implemente o patamar específico da Bandeira Tarifária, intitulado “Escassez Hídrica”, no valor de R$ 14,20 / kWh, com vigência de 1º de setembro de 2021 a 30 de abril de 2022”, informou o governo, em nota.

Crise hídrica do país preocupa cada vez mais

O Brasil não sofria com uma crise hídrica tão severa há 91 anos. Em suma, a situação dos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, responsáveis pela geração de 70% da energia do país, está muito crítica. Isso porque a capacidade de armazenamento está em 23% e deve chegar a 10% da capacidade em novembro, menor patamar dos últimos 20 anos.

O risco de apagão não está eliminado. Aliás, o governo publicou um decreto para a redução do consumo de energia por parte dos órgãos públicos federais. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também alertou que o país não será capaz de gerar energia elétrica suficiente para atender à demanda da população a partir de outubro.

Por fim, vale lembrar que as hidrelétricas geram quase 70% da energia do país. Com a crise hídrica, o governo precisou acionar as termelétricas, que são muito mais caras. A saber, a expectativa é que os gastos cheguem a R$ 13 bilhões. E quem pagará essa conta, como sempre, é o consumidor.

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